Associação afirma que 69% dos bares e restaurantes estão para fechar ou estão fechados. Juazeiro e Petrolina são impactados com crise

20 de Mar / 2021 às 07h00 | Variadas

Na primeira quinzena de março deste ano, 69% dos bares e restaurantes estão para fechar ou estão fechados na Bahia, conforme um levantamento feito pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Essa pesquisa mostrou como a pandemia da Covid-19 afetou o comércio no estado. Representantes de bares, restaurantes e o comércio relataram como as medidas restritivas estabelecidas para evitar aglomeração e assim conter o avanço da Covid-19 na Bahia, atingiu os setores.

“Mantida as circunstâncias que já estão colocadas até o dia 1º de abril, com toque de recolher com e a possibilidade funcionamento até as 18h, fora as medidas do lockdown, já nos colocam em numa sentença de morte. A gente precisa reverter isso imediatamente para conseguir que o setor tenha sobrevivência, porque isso atinge diretamente cerca de 57 mil empreendedores na Bahia e algo em torno de 280 mil colaboradores”, relata Luiz Henrique do Amaral, presidente executivo da Abrasel.

Ainda segundo a Abrasel, entre os bares e restaurantes pesquisados, 44,1% não sabem como vão continuar abertos. Além disso, 77% das empresas pesquisadas não possuem recursos para pagamentos dos salários. A pesquisa revela também que 87,8% dos bares e restaurantes demitiram funcionários.

O presidente executivo da Abrasel esclarece que a situação do setor ainda levará algum tempo para alcançar resultados positivos.

Em Juazeiro e Petrolina desde a divulgação do decreto de pandemia, que proíbe o funcionamento de bares e restaurantes, como uma das medidas de combate à disseminação do coronavírus, o setor sofreu uma queda nas vendas. No entanto, mesmo em frente à crise, muitos empresários buscam se reinventar para diminuir o impacto, seja por meio de delivery ou na oferta de serviços diferenciados. 

Desde o ano passado, conforme foto da REDEGN, o que se assite na verdade é setor de bares e restaurantes ser um dos mais impactado pela crise, em decorrência das medidas sanitárias aplicadas, no combate ao novo coronavírus.

No mês de julho do ano passado, em contato com a reportagem da redeGN, os empresários Jorge Henrique (Pai) e Jorge Henrique Junior, revelam que perderam cerca de 90% dos clientes.

"Mantemos as vendas delivery, através de marmitas para retiradas ou entregas, mas a quantidade de clientes não dava para cobrir os custos fixos, como água, luz, internet, imposto predial e insumos que aumentam os preços constantemente. Acrescente também despesas com combustível, gás de cozinha, aluguel", revela Jorge, ressaltando que lamentavelmente outras três pessoas foram prejudicas por fazerem parte da cadeia comercial.

Segundo dados da Associação Nacional de Bares e Restaurantes (Abrasel), estima-se que, se não houver  nenhuma medida de amparo aos negócios desse segmento, durante o mês de julho e agosto outros empresários fecharão os estabelecimentos, o que pode afetar ainda mais trabalhadores do setor com o desemprego.

Praticamente um a cada dois proprietários de bares e restaurantes teme não conseguir manter o negócio quando a pandemia de Covid-19 passar.

Em contato com a Abrasel Pernambuco, a reportagem recebeu a seguinte nota. Confira:

A Abrasel é uma associação nacional com 35 anos de atividade representando o setor de bares e restaurantes. Nesse tempo todo, nunca deixamos de ser ouvidos ou consultados em decisões estratégicas para o nosso setor. Somos apartidários, mas a favor da política responsável e estrutural, feita em cima de dados, fatos e argumentos. Queremos ser ouvidos. Estamos presentes em todos os estados do território nacional e sabemos as boas práticas e erros dos outros estados. Queremos ser ouvidos.

QUEREMOS SER OUVIDOS. Os três últimos decretos estão sentenciando nosso setor a um destino muito complicado. Os decretos citam o setor mais do que qualquer outro e não entendemos o motivo disso. Temos uma capilaridade gigante: restaurantes, lanchonete, bares, buffets, grandes e pequenos. Representamos todos eles. Estamos pedindo: queremos ser ouvidos. Enviamos pleitos semanalmente e precisamos de respostas! Redução da alíquota do ICMS, redução de impostos municipais (pleito enviado para a capital), redução na CELPE e COMPESA.

Redação redeGN Fotos Ney Vital

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