Motoristas de caminhão pipa, que prestam serviço em Juazeiro, Petrolina e região, os populares Pipeiros, realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (17) em frente ao 72 Batalhão de Infantaria Motorizada (72 BIMtz), em Petrolina. Os motoristas cobram o pagamento de serviços prestados ao exército que estão atrasados. Muitos estão sem receber desde o final do ano passado.
“Está sendo muito difícil, tem companheiros que estão sem receber desde novembro, gasta com pneu, borracheiro”, afirma o pipeiro José Nogueira, do município de Casa Nova, na Bahia.
Os motoristas de carro pipa prometeram ainda este mês um novo protesto caso as reivindicações não sejam resolvidas. No protesto de hoje havia motoristas do município de Ouricuri, Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande, locais onde de acordo com os manifestantes, "várias famílias já clamam por água que está faltando nas cisternas que deveriam ser abastecidas pelo Governo Federal".
No início do mês de fevereiro a reportagem da REDEGN informou da crise provocada pela não aprovação do orçamento do Governo Federal que prevê dinheiro para a continuidade da Operação Carro Pipa.
Além dos pagamentos atrasados, os pipeiros também cobram o reajuste do quilômetro rodado, valor-base que recebem pelo serviço prestado. Segundo a categoria, há oito anos esse valor não sofre mudança. Ao todo, 24 municípios fazem parte da área do 72 BI e são atendidos pela Operação Pipa. Sem o pagamento dos trabalhadores, algumas comunidades também sofrem com a situação, pois ficam sem abastecimento de água.
“Queremos uma resposta de alguém do comando do 72 BI. Estamos precisando saber onde está o erro”, diz o pipeiro Jânio Guimarães, da cidade de Santa Cruz, em Pernambuco.
Em nota, o Ministério da Defesa, através do Exército Brasileiro, disse que o Ministério do Desenvolvimento Regional já havia informado que não está sendo possível realizar os repasses integrais e regulares para a Operação Carro-Pipa Federal porque o projeto de lei orçamentária anual - 2021- ainda não foi aprovado pelo congresso nacional. A nota também reforça que o Exército Brasileiro é responsável apenas pelas ações de execução da operação. Não foi dado prazo de quando a situação deve ser regularizada.
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