As medidas sanitárias, distanciamento social e necessidade, ou não, de lockdown, tem sido motivo de muitas discussões pelo Brasil afora, com a politização perigosa, discussões de parte à parte, a grande maioria baseada em achismos, opinião sem base no conhecimento científico, disseminadas com força nas redes sociais e absorvidas, ou não, por quem está na ponta.
Em Juazeiro e Petrolina, cidades unidas pela Ponte Presidente Dutra o tema ganhou contornos reais em função das posições divergentes no tratamento da questão. Unidas pela ponte Presidente Dutra, com fluxo constante entre uma e outra, a divergência nas regras deixa a população das duas cidades completamente desnorteada e sem saber a quem obedecer.
Os números em Juazeiro e Petrolina e as decisões:
Juazeiro – 100% de leitos de UTI ocupados.
Medida: A Prefeita Suzana Ramos aderiu ao decreto do governo estadual e o município vive um lockdown com funcionamento apenas dos serviços essenciais
Petrolina: 100% dos leitos de UTI ocupados
Medidas: O Prefeito Miguel Coelho manteve o comércio funcionando normalmente.
A pergunta que não quer calar: Com 100% dos leitos de UTI ocupados quem está com a razão? Petrolina que abre ou Juazeiro que fecha?
Em vídeo postado nas redes sociais, neste domingo (7), o prefeito de Petrolina Miguel Coelho alertou a população para a gravidade da situação em relação a leitos para Covid-19 e pediu à população que intensifique os cuidados com a prevenção, mas manteve a liberação do comércio nos horários comerciais, para todo tipo de estabelecimento.
A prefeita de Juazeiro, Suzana Ramos, nesta semana que passou, na mesma linha, fez um alerta para os cuidados preventivos, mas em linha contrária de Petrolina, aderiu ao Lockdown, que no município vale pelo menos até quarta-feira (10).
A divergência de medidas vem gerando discussões nas redes sociais, com muitos criticando a posição tomada pelo fechamento, com o argumento de que não funciona e muitos defendendo o fechamento como forma de evitar mortes.
Onde está a razão se as duas cidades vivem o mesmo drama e não há como conter as idas e vindas entre uma cidade e outra?
Os decretos em nível estadual, com Juazeiro na Bahia e Petrolina em Pernambuco, norteiam as decisões locais, isso é fato, mas como justificar para as populações locais tanta discrepância, a menos de 800 metros e acesso livre, para lá e para cá?. Abre ou fecha? Eis a questão.
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