O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta segunda-feira (1º/3) governadores que aderiram ao lockdown. Segundo o mandatário, a medida "não adiantou" ano passado.
A um apoiador que disse ser de Porto Seguro, o presidente indagou: “Lá está praticamente sem mortes, né?”. E voltou a criticar as medidas de fechamento contra a pandemia. “Se eu não me engano, nove estados estão fechando tudo. Não deu certo o ano passado”, alegou.
O chefe do Executivo emendou ainda que “não errou nenhuma”, se referindo a sua atuação em meio à pandemia. “Desculpa aí, eu não vou falar de mim. Mas eu não errei nenhuma desde março do ano passado. Acertei demais no ano passado e não precisa ser inteligente para entender isso. Tem que ter o mínimo de caráter. Agora, só quem não tem caráter que joga o contrário. Tudo o que eu falo... O negócio de spray. Quando chegar no Brasil, deve, está tudo encaminhando para chegar, vão também demonizar o spray. Pode ter certeza disso”, reclamou, completando que “parece que no Brasil as outras doenças deixaram de existir”.
Bolsonaro afirmou que uma equipe do governo viajará para Israel na quarta-feira (3) para negociar uma possível aquisição do spray EXO-CD24, que segundo ele, poderá ajudar no combate à covid-19. O chefe do Executivo alegou que um paciente hospitalizado ou mesmo intubado "não tem o que perder" ao aderir ao spray. No entanto, a droga não possui eficácia comprovada contra o vírus.
Após um apoiador agradecer as verbas enviadas ao Amazonas em meio aos caos no estado, o presidente ressaltou que “não faltou dinheiro” e que a responsabilidade em resolver problemas como leitos, é do governador e do prefeito. “Não faltou dinheiro, na ponta da linha, eles tem que resolver os problemas, leitos, etc”.
Uma bolsonarista relatou ao presidente que o irmão morreu de câncer na garganta e colocaram novo coronavírus como causa do óbito. Bolsonaro complementou o comentário, dizendo que muitas mortes são registradas como causadas pelo vírus, mas se devem a outras doenças.
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