Comissão de empregados da Promatre repudia decisão da Secretaria de Saúde que retirou atendimento da UPA no hospital e desempregou 45 pessoas

26 de Feb / 2021 às 20h00 | Variadas

Membros da Comissão Representativa dos Empregados do Hospital Promatre encaminharam a RedeGN uma nota informando que o Secretário de Saúde de Juazeiro Fernando Costa encaminhou ofício à direção da Unidade hospitalar comunicando que a partir de 01/03/2021 os atendimentos de Média Complexidade Ambulatorial Adulto Clínico, não mais serão encaminhados ao Hospital Promatre, que estava realizando os atendimentos desde março/2020, sem qualquer reclamação ou escândalo dos usuários.

Na nota os funcionários explicam que em razão deste serviço a Promatre contratou 45 funcionários e sem nenhum aviso prévio o atual secretário, comunicou esta decisão que gerará desemprego de muitos e um passivo trabalhista ao Hospital, exatamente no momento de maior crise na saúde por conta da pandemia.

Confira a nota:

Hoje faz um ano do primeiro caso de COVID no Brasil.

Hoje a imprensa divulgou ter sido ontem o maior número de óbitos por COVID no Brasil e que estamos na pior fase desde o início da Pandemia.

Os hospitais em todo o país estão esgotando sua capacidade de receber novos pacientes com COVID.

Hoje, sem qualquer aviso prévio à Promatre, o secretário de saúde encaminhou ofício à Promatre informando que a partir de 01/03/2021 os atendimentos de Média Complexidade Ambulatorial Adulto Clínico, não mais serão encaminhados à Promatre, aonde estavam sendo atendidos desde Março/2020, sem qualquer reclamação ou escândalo dos usuários.

A Promatre teve que contratar cerca de 45 funcionários para realizar este Serviço, com muita dedicação e competência de todos e sem nenhum aviso prévio o atual secretário em uma simples canetada comunicou esta decisão que gerará desemprego de muitos e um passivo trabalhista ao Hospital, em uma atitude fria e sem respeito a uma Instituição de 68 anos de serviços prestados a Juazeiro e região, exatamente no momento de maior crise na saúde por conta da pandemia.

Ele, com este ato, assume total responsabilidade pelo que de mais grave vier a acontecer às vidas de toda a imensa população que se utiliza dos seus serviços médico-hospitalares.

Incoerentemente ele mantém convênio e cirurgias eletivas com o Hospital São Lucas que não cumpre as metas indispensáveis pela Vigilância Sanitária, sem CCIH, sem Comissão de Segurança do paciente, com uma Central de Esterilização de material sem barreira, o que não é permitido pela ANVISA e ausência de outras normas, por exemplo, o parecer de um Físico Nuclear assegurando proteção de radiação na sala de RX, etc., em um contrato de mais de $20.000000,00 (vinte milhões) com o município realizado em 2020.

Esperamos que este modelo de gestão de saúde pública seja corrigido o mais rápido possível, sem perseguições, sem amadorismo e sem negligência.

Atenciosamente,

Comissão Representativa dos Empregados do Hospital Promatre

Da redação

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