A Petrobras fez sucessivos reajustes nos preços de combustíveis este ano. No último, o aumento foi mais evidente e o valor médio da gasolina litro em Juazeiro e Petrolina é comercializado no valor acima de R$5,68.
Com forte impacto nos setores econômicos em geral, essas elevações já refletem nos preços dos alimentos. A reportagem da RedeGN registrou a elevação em alguns itens e especialistas dizem que a tendência é que o efeito dos reajustes da Petrobras chegue a diversos setores.
O último reajuste da Petrobras na gasolina foi o quarto no ano e o terceiro no diesel. Nas feiras e supermercados da região a queixa é geral: vários produtos já estão mais caros, na comparação com a última semana.
Em reportagem a Folha de Pernambuco, egundo o economista Rodolfo Guimarães, o aumento do combustível vai interferir diretamente em outros produtos, já que é essencial para o deslocamento dos itens até os consumidores. “Não é algo que se deixa de consumir porque aumentou, tem a necessidade dele para transportar, impacta no custo das mercadorias. É a demanda inelástica aos preços, impacta uma série de bens, não só os alimentícios, mas no frete de encomendas, remédios”, disse.
O economista destaca que uma das formas para que o aumento não chegue diretamente ao consumidor seria o governo subsidiar o aumento, fazendo uma reorganização dos tributos. “Uma forma de coibir é fazer um subsídio explicito. O Governo que pagaria a diferença e não o consumidor, seria com recursos da receita pública. Não significa aumento de carga tributária, mas uma reorganização dos gastos. A política atual é empresarial, não faz sentido uma empresa estatal beneficiar acionistas, e prejudicar a economia”, destacou.
Como forma de não sofrer os impactos do aumento dos preços, o gerente jurídico do Procon Pernambuco orienta para que os consumidores pesquisem os produtos em locais diferentes para encontrar um preço mais acessível. “A orientação que damos é que os consumidores pesquisem, entrem no site do Procon, vejam a lista de pesquisa de preços para saber os itens que compõem, e identificar quais estabelecimentos têm preços mais elevados e acessíveis, assim ele vai ter uma vantagem”, recomendou.
O impacto do aumento de preços já provoca indignação e desânimo na população. Produtos como feijão, arroz e charque estão mais caros, diz a farmacêutica Andréa Apolinário, que percebeu uma alta significativa nesses produtos. “Há um mês, eu pagava R$ 6 pelo quilo do arroz integral, hoje custa R$ 9. A solução é buscar produtos alternativos, escolher o feijão mais barato, alternar o arroz com o macarrão”.
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