Esgoto a céu aberto sendo despejado no Rio São Francisco, na orla do município de Juazeiro, Bahia. Desde o ano passado a REDEGN mostra o crime ambiental e nesta quinta (25) mais uma vez, o tema é pauta. A reportagem também flagrou árvore caída nas margens do Velho Chico.
A revitalização e a preservação do Rio São Francisco ainda esbarram na falta de conscientização de autoridades, empresários e sociedade em geral é o alerta do ambientalista João Carlos Figueiredo.
“Temos na verdade uma série de ações pontuais que transformaram a revitalização numa colcha de retalhos. A situação ainda é de muita pobreza e esquecimento”, afirmou.
No última dia 5 de fevereiro, após vistorias na Orla de Juazeiro, a equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (SEMAURB) finalizou o mapeamento de pontos críticos encontrados nesse logradouro, importante equipamento de lazer e turismo para a cidade.
Entre as situações observadas durante a fiscalização estão o despejo irregular de esgoto e descarte de lixo às margens do rio.
“No tocante às questões ambientais, no mapeamento foram identificadas, quase que em todo percurso da orla, várias ligações clandestinas de esgoto, conectadas irregularmente à galeria de águas pluviais a qual tem a função de captar, transportar e drenar apenas água da chuva diretamente para os corpos d’água. Por isso, é imprescindível que não haja mistura com dejetos humanos ou outros resíduos, como é o caso dos esgotos, para evitar a contaminação e poluição do bem mais precioso de nossa região, o rio São Francisco. Também identificamos despejos irregulares de resíduos ao longo da orla, necessidade de manutenção dos parquinhos, manutenção dos locais destinados a prática de esportes, necessidade de implantação de lixeiras de coleta seletiva e outras melhorias estruturais“, contou Maria Izabel de Oliveira, fiscal de Saneamento e Melhoria do Meio Ambiente.
A partir do mapeamento feito, a SEMAURB pretende autuar os responsáveis pelo despejo irregular de esgoto na orla, além de começar uma campanha de conscientização ambiental.
“Em relação as ligações clandestinas que foram identificadas, a SEMAURB, em parceria com o SAAE, irá fazer um plano de ação para que possamos identificar primeiramente de onde partem essas ligações clandestinas e assim podermos notificar e também orientar os autores por meio de um plano de educação ambiental, e por fim eliminar esses pontos de poluição do rio São Francisco”, detalhou Maria Izabel.
De acordo com Maria Izabel, uma ação conjunta com as demais secretarias e outros órgãos será realizada para resolver esses problemas. “O objetivo é interagir com todos aqueles que possam contribuir com ações de melhorias dentro de sua respectiva competência, fazendo um trabalho eficaz de proteção ao meio ambiente, bem como demais melhorias ao longo da orla de nossa cidade“, finalizou.
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