Bolsonaro diz que vai visitar o Acre na quarta

22 de Feb / 2021 às 09h30 | Variadas

O presidente Jair Bolsonaro recebeu neste domingo, 21, o senador Márcio Bittar (MDB-AC) no Palácio da Alvorada, para discutir a situação de emergência do Acre por causa de enchentes em várias cidades do Estado.

Bittar ficou cerca de uma hora no Alvorada, em um encontro que contou também com a presença do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, responsável pela articulação do Planalto com o Congresso. Em vídeo publicado nas redes sociais do senador, Bolsonaro prometeu ir ao Acre na quarta-feira, 24.

Além da discussão sobre a situação do seu Estado, que enfrenta várias crises simultâneas – surto de dengue, pandemia da covid-19 e crise migratória –, a visita de Bittar ao presidente também ocorre em um momento de expectativa pela análise do relatório do senador sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que traz a base jurídica para permitir o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial. O governo analisa a retomada do benefício, que deve ter até quatro parcelas de R$ 250, de março até junho.

Como o Broadcast Político mostrou, o parecer de Bittar foi entregue na sexta-feira, 19, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A previsão é que o texto seja analisado pelos senadores na quinta-feira, 25. Além da PEC, que traz gatilhos para congelar despesas na União, nos Estados e nos municípios, Bittar também tem nas mãos a relatoria do orçamento de 2021.

Pelo Twitter, o ministro Ramos disse que Bittar fez uma apresentação da crise no Acre durante a reunião. "Pres Bolsonaro sempre procurando responder aos desafios do nosso Brasil! Hoje, domingo, recebeu o Sen Marcio Bittar, que fez uma apresentação da crise no Acre pelas cheias dos rios!! Pres Bolsonaro não deixará de ajudar o povo acreano!", escreveu.

"Mais uma vez mais, o presidente abre a agenda para nos receber junto com o ministro Ramos para tratar do problema que o Acre vive. Dezenas de famílias já estão ilhadas, cidades como Sena Madureira, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e Rio Branco, e o presidente tem uma palavra de alento e de apoio a nossa gente", disse Bittar no vídeo divulgado em sua página oficial do Facebook. Na publicação, o senador escreveu que Bolsonaro teria garantido que irá ao Acre para assegurar que "não faltarão recursos" ao Estado.

"Sabemos dos problemas através do senador Bittar. Estamos agindo e na próxima quarta-feira, se Deus quiser, estaremos no Acre", afirmou o presidente. Ao menos dez municípios do Estado, incluindo a capital, foram atingidos pelas enchentes. Além das cheias, na classificação da pandemia da covid-19, o Estado está em nível de emergência (a cor vermelha na classificação local) desde 1º de fevereiro, com reavaliação prevista para esta segunda-feira, 22.

Nesta semana, o governador do Estado, Gladson Cameli (PP), afirmou que o governo federal deve liberar R$ 450 milhões para socorrer Estados e municípios atingidos por enchentes. A liberação dos recursos, que deve ser feita por medida provisória, foi reafirmada por Cameli após reuniões com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Os desafios da pandemia não são os únicos problemas sanitários enfrentados pelo Acre, que também enfrenta um surto de dengue. De acordo com o governo, cerca de 80% dos atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Rio Branco são de pacientes com a doença. Na capital, há 8,6 mil casos suspeitos e 1,5 mil confirmados.

O Estado vivencia ainda uma crise migratória na fronteira com o Peru. Desde o dia 13 de fevereiro, cerca de 400 imigrantes, a maioria do Haiti e da Venezuela, estão acampados nas proximidades da Ponte da Amizade. Eles reivindicam o retorno para os países de origem, o que não é possível por causa do fechamento de fronteiras motivado pela pandemia.

No último dia 18, o Ministério da Justiça autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio ao governo do Acre "nas atividades de bloqueio excepcional e temporário de entrada no País de estrangeiros". O reforço da tropa federal se dará por 60 dias.

Fonte: Estadão

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