Nunca na história deste país a política do quanto pior melhor esteve tão presente e atuante. Na contramão de praticamente todo o planeta, o Brasil (e um monte de brasileiros) se passa de desavisado e corrobora para que a mais dramática e perigosa pandemia que o mundo já passou se torne cada vez mais uma ameaça à vida e às estruturas que permitem o viver.
A sensatez disputa diuturnamente contra a ignorância. A angústia e a tristeza são desdenhadas em troca da vergonha e do arrependimento impregnados nos que defendem a violência em detrimento da vida.
Loucura, loucura, loucura..., como diz aquele que visando o poder, apenas pelo poder segue o que sua vaidade construída em apontar misérias contribuiu e continua contribuindo para a instalação generalizada da desavença e da mentira na terra que um dia foi uma 'nação canarinho', mas que hoje não passa de uma povoação repleta de dragões, expelindo fogo pelas ventas.
Mais de 240 mil brasileiros perderam a vida em apenas um ano. Famílias arrasadas e desesperadas. Muitos dos que se foram eram arrimos, principais alicerces familiares; os portos seguros. Eram irmãos, filhos, sobrinhos, afilhados, amigos, tios, pais, avós. Todas as vítimas da Covid-19, disseminada nos quatro cantos do mundo, eram seres humanos, com uma história, com sonhos, com vontade de viver.
O novo coronavírus foi uma surpresa, ninguém imaginava que em tão pouco tempo uma peste, no sentido literal da palavra, fosse causar um estrago tão grande, sem escolher classe social, raça, cor, gênero e religião. Mas surpresa ainda foi saber que os energúmenos realmente existem e o pior, são tão prejudiciais quanto a doença que tem matado os inocentes em sua maioria.
Mesmo acompanhando a devastadora ação da doença causada pelo novo coronavírus, negacionistas, que em outros tempos eram chamados de anticristos, insistem em ir de encontro às orientações das autoridades de saúde e como forma de desafiar a ciência e os preceitos da compaixão e empatia pregam o contrário de tudo aquilo que poderia e pode salvar vidas.
Se puder fique em casa e quando chegar sua vez diga SIM para a VACINA.
Por Gervásio Lima - Jornalista e historiador
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