Quem precisou pegar ônibus no início da manhã desta quinta-feira (11) em Petrolina, enfrentou problemas. Entre 5h50 e 8h30, os coletivos deixaram de circular, devido uma paralisação de advertência. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Petrolina (Sintropp), a categoria tem algumas reivindicações, entre elas o acúmulo de funções, já que os motoristas também atuam como cobradores.
“O acúmulo de função não vinha sendo pago desde abril, onde foi feito um acordo zerando nove meses esse acúmulo de função nas horas negativas dos trabalhadores. O acertado no acordo e registrado no Ministério da Economia é que agora em janeiro retornava o pagamento desse acúmulo e a empresa descumpriu”, explica o presidente do Sintropp, Edinaldo José de Lima.
Ainda segundo o sindicalista, a categoria alega o não pagamento de outros direitos. “FGTS atraso três meses, referente a abril, maio junho. Tem adicional noturno que não está sendo pago, fardamento que não estão fornecendo, nunca pagaram feriado. Estamos pedindo que essas irregularidades sejam corrigidas para que os trabalhadores não sejam penalizados”.
O engenheiro agrônomo Inácio Gomes foi um dos passageiros que ficou sem o transporte público no início da manhã. Ele diz que apoia o movimento, mas reclama da falta de um aviso prévio sobre a paralisação do serviço.
“Acredito que todos têm direito a reivindicar seus direitos. A greve é legítima, está na constituição, mas eu acredito que poderia tanto os funcionários como a empresa avisar com antecedência, para dar uma satisfação a comunidade”.
Os ônibus já estão rodando normalmente, mas o presidente do sindicato disse que se a empresa não cumprir o acordo que foi feito com os funcionários ainda hoje, a categoria pode entrar em greve.
“Informaram para a categoria que pagariam durante o dia. Deixamos certo com a categoria que se não for pago, a manhã nós vamos cruzar os braços de novo e pedir ao jurídico da gente que protocole os ofícios nos órgão competentes, que nós vamos deixar de parar de advertência e fazer uma greve mesmo para que as coisas sejam regularizadas”, afirma Edinaldo José de Lima.
Confira nota na Integra da AMMPLA:
A Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla) informa que a paralisação desta quinta-feira (11) pode ser considerada abusiva por não respeitar os preceitos legais exigidos diante de um movimento grevista. Importante lembrar que o transporte público é um serviço considerado essencial, e neste caso, a lei determina, por exemplo, que a categoria mantenha um mínimo de atendimento à população, o que não foi respeitado.
Vale lembrar ainda que, segundo a Lei 7.783/1989, o sindicato deve informar a decisão de greve ou paralisação previamente aos patrões e aos usuários do serviço, em um prazo de 48 horas de antecedência, o que também não foi cumprido pela categoria.
A Autarquia informa também que o movimento grevista é facultativo e que já está apurando possíveis casos de coerção a alguns funcionários que teriam sido obrigados a aderir ao movimento. Diante dos fatos, a Ammpla vem adotando todas as medidas legais cabíveis para manter o serviço e evitar transtornos aos usuários.
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