Os partidos PT, PSOL, PCdoB, PSB e PCO realizaram neste domingo (7) ações em diversos pontos de Salvador. As mobilizações tiveram como foco o retorno do auxílio emergencial de R$ 600,00 pelo Governo Bolsonaro.
As atividades aconteceram na Feira de São Joaquim, no Nordeste de Amaralina, feirinha da rótula de Cajazeiras, Dique do Tororó e a Bicicleata, que saiu do Farol da Barra. O objetivo foi promover a conscientização da população.
Além das pautas Vacina Já e para todos, defesa do SUS, mais empregos e pela devolução dos direitos políticos do ex presidente Lula, as atividades tiveram como pauta central a permanência do auxílio emergencial.
O retorno do auxílio emergencial é considerada pela oposição como a pauta mais urgente, devido às medidas do Governo Bolsonaro contra a renda e o seu impacto socioeconômico no país.
O presidente do PT municipal, Ademario Costa, presente nas ações, destacou a importância da iniciativa. "Não podemos aceitar o que o Governo Bolsonaro está fazendo com o povo, negando a permanência do auxílio emergencial às famílias mais pobres, adiando o debate no Congresso e ameaçando reduzir os salários e direitos de trabalhadores para a continuidade de uma renda digna para a quem que mais necessita. A população está cansada do descaso deste governo neoliberal. Vamos para as ruas, vamos dar um basta", disse o presidente.
A vereadora Marta Rodrigues, líder da oposição na Câmara de Salvador, fez coro ao presidente municipal e acrescentou que o auxílio emergencial é fundamental para amenizar a pobreza e o já crescente desemprego na cidade, que antes da pandemia já estava no ranking de capitais com maior índice de desempregados.
Segundo a petista, a maioria da população de Salvador, que é negra e que vive do trabalho informal, foi drasticamente afetada. "Salvador tem cerca de 487 mil trabalhadores informais, as pessoas trabalhavam três turnos para sobreviver e sustentar as famílias. A pandemia trouxe uma queda de renda drástica, aumentando a desigualdade. A permanência do auxílio é essencial para trabalharmos coletivamente e arduamente neste ano por políticas de geração de emprego e renda, cobrando arduamente à prefeitura a implantação dessas políticas públicas junto com os movimentos sociais", disse.
Para a co-vereadora da Mandata Pretas Por Salvador Cleide Coutinho, "estudos mostram que, no ritmo em que as vacinas estão sendo aplicadas para vacinar toda a população brasileira levaria 4 anos, precisamos de uma plano de vacinação eficiente e do retorno do auxílio emergencial para garantir renda minima para o povo. A pandemia não acabou, e os nossos corpos pretos são os que seguem tombando. Entendemos que a retomada de direitos, vacina para todos e e renda mínima envolve diretamente uma agenda de Fora Bolsonaro", destacou Cleide.
As atividades fazem parte do calendário de mobilizações da campanha 'Fora Bolsonaro', definido em plenária no último dia 27. Outras ações serão realizadas durante todo o mês de fevereiro.
Reprovação
Neste sábado (6), foi divulgado a pesquisa do PoderData, na qual mostra que Bolsonaro caiu de 52% para 36% no índice de aprovação entre os beneficiados pelo auxílio. Já a reprovação subiu para 51%.
No Nordeste, a popularidade de Bolsonaro despencou nos últimos 4 meses e chegou a 29%, de acordo com pesquisa.
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