Conquistas inéditas merecem celebração. E, pela primeira vez, o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) presenciou o registro de uma cerveja desenvolvida em suas dependências laboratoriais. Lançada comercialmente como "Royal Honey Beer" pela cervejaria PROA, que registrou o produto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a empresa Rei do Mel, a bebida contém em sua fórmula o mel do sertão e foi desenvolvida pelo coordenador do Laboratório de Bebidas do campus Petrolina, Marcos dos Santos Lima.
"Trata-se de um produto novo, criado para valorizar o mel orgânico silvestre que já é produzido no sertão pernambucano e baiano, e exportado para a Europa pela empresa Rei do Mel, sediada em Remanso (BA). A cerveja, de estilo American IPA, foi desenvolvida e testada no Laboratório de Bebidas e envolveu estudantes do curso de Tecnologia de Alimentos", explicou o professor Marcos, que também coordena um projeto de otimização da indústria cervejeira aprovado em seleção nacional de Economia 4.0.
O projeto, que segue até agosto, é realizado em parceria com a empresa Rei do Mel. De acordo com o proprietário da companhia, Carlos Pires, a inserção do mel sertanejo na produção da cerveja artesanal é um estímulo aos pequenos produtores da região ante a queda da venda do produto no mercado internacional. "O produto, que logo de início teve uma excelente receptividade em eventos, tem grande potencial e é muito bem desenvolvido. Estou super satisfeito com o resultado obtido e o apoio do IF Sertão-PE", afirmou ele.
Estudante do curso superior de Tecnologia em Alimentos e uma das bolsistas do projeto, Emilly Thayná destaca os conhecimentos adquiridos no processo de produção. "Observar a mágica das leveduras consumindo o açúcar e transformar o mosto açucarado em cerveja é incrível. Foi uma experiência de grande responsabilidade, mas gratificante por pensar, produzir e participar com o orientador de cada etapa da receita, e ver que tudo saiu conforme planejado e ainda com aceitação pelo público", afirmou ela, satisfeita.
Além de Alimentos, há ainda o envolvimento de estudantes e professores das áreas de Computação, Química, Física e Eletrotécnica no projeto de otimização e automação de processos da indústria cervejeira na Economia 4.0. A perspectiva é que novas fórmulas de cerveja sejam testadas, com a finalidade de fortalecer a formação acadêmica dos estudantes e auxiliar as empresas interessadas em adquirir as tecnologias desenvolvidas.
É esperar para ver e celebrar novos registros do potencial sertanejo.
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