O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saiu nesta quinta-feira (4) em defesa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao lado do diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, o presidente afirmou que a agência não deve ser pressionada a rever seus protocolos para a tramitação de vacinas.
"Lá [Anvisa] mexe com vidas e não é uma coisa que você possa errar e consertar lá na frente", disse Bolsonaro. "Uma agência não pode sofrer pressão de quem quer que seja. Eu não interfiro em agência nenhuma. Eu posso conversar com o pessoal, sem problema nenhum. Assim como ninguém pode, acredito, que ir pra cima da Anvisa", prosseguiu o presidente, em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Barra Torres afirmou que a agência pretende flexibilizar os seus processos até o limite da segurança. Nesta semana, a Anvisa decidiu dispensar a necessidade que os estudos de fase 3 das vacinas submetidas sejam realizadas no Brasil.
"Eu diria que o limite para flexibilizar é o limite da segurança, da qualidade e da eficácia. Ou seja, nós podemos, sim, reduzir uma série de procedimentos regulatórios, torná-los mais enxutos, mais ágeis, mas nunca abrir mão da segurança", afirmou o diretor-presidente da agência.
Torres afirmou que a medida facilita de forma ampla as aprovações e não visa beneficiar nenhuma vacina em específica. A falta de estudos de fase 3 no Brasil vinha sendo encarada como um entrave para a aprovação da vacina russa Sputnik V.
“Pode agilizar a aprovação de qualquer vacina que se submeta para a nossa análise. Seja Sputnik V ou qualquer outra. É uma medida ampla", afirmou.
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