O presidente Jair Bolsoanro (sem partido) foi hostilizado na tarde desta quarta-feira (3), ao participar da solenidade de abertura dos trabalhos legislativos de 2021. Ele foi chamado por parlamentares da oposição de "fascista" e "genocida". Em resposta, aliados puxaram coro de "mito".
Foi necessária a intervenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para acalmar os ânimos. "Vamos dar uma oportunidade à pacificação deste país, uma delas é que respeitando a manifestação de pensamento possamos respeitar as instituições deste país. Vamos dar mais uma oportunidade para que possamos iniciar uma nova fase de consenso, de respeito à divergência", disse Pacheco. Antes de começar seu discurso, que foi lido, Bolsonaro lembrou que foi por 28 anos deputado, mas que nunca desrespeitou autoridades que ali estiveram.
E arrematou: "Nos encontramos em 22", em alusão ao ano da próxima eleição presidencial.
Foi a primeira vez que Bolsonaro foi ao Congresso pessoalmente levar a mensagem desde que assumiu a Presidência da República. Nos anos anteriores, Bolsonaro enviou o então ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para fazer a leitura da mensagem. Em 2019, o presidente não compareceu porque se recuperava de uma cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal. No ano passado, recuperava-se de uma vasectomia.
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