Nesta terça-feira (26), data em que o adolescente Deividi Guilherme Rodrigues dos Santos completaria 14 anos, parente e amigos se reuniram em frente a casa onde o menino morava, no Residencial Nova Vida, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, para pedir justiça pela morte do garoto. Deividi foi atropelado enquanto andava de bicicleta na Orla da cidade, em outubro do ano passado.
O motorista do veículo que atropelou Deivid, um homem de 25 anos, tentou fugir do local, mas acabou sendo detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O resultado do teste do bafômetro mostrou que ele estava bêbado. No entanto, ele foi liberado após passar por uma audiência de custódia e pagar fiança de cinco salários-mínimos.
Durante o protesto desta terça-feira, organizado pela internet por uma irmã de Deividi, faixas e cartazes expressavam o sentimento de saudade e o desejo de justiça. A mãe do garoto, Elizabeth Rodrigues dos Santos, está inconformada com a liberdade concedida ao motorista e pelo fato do caos ter sido enquadrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
“É um sentimento de revolta. Não foi um acidente, foi um crime. Não classifico como um crime culposo, é doloso. A partir do momento que você assume um volante embriagado, você está assumindo o risco de assassinar alguém. É revoltante”, afirma a mãe de Deividi.
A manifestação saiu pelas ruas e avenidas do residencial, ao Ministério Público, no centro da cidade. O percurso foi acompanhado por agentes de trânsito da Ammpla.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que o inquérito policial foi enviado ao Ministério Público (MP) no dia 17 de novembro. A Polícia Civil confirmou que o motorista foi indiciado por homicídio culposo. O MP também foi procurado, mas não enviou resposta até a publicação desta matéria.
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