O consumo nacional de energia elétrica recuou 1,5% em 2020 na comparação com o ano de 2019, reflexo do impacto negativo da pandemia de covid-19 na dinâmica do setor, informou nesta terça-feira, (19), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O resultado, porém, é visto como melhor do que o inicialmente previsto, destacou o presidente da entidade, Rui Altieri, em nota à imprensa.
"Nos últimos quatro a cinco meses, houve uma rápida recuperação, principalmente nos setores de grande consumo. Ainda assim, abril, maio e o início de junho foram muito ruins em termos de consumo nos setores de produção, bens e serviços. Nessa época acreditávamos que ficaríamos de 5% a 6% abaixo de 2019. Dadas as circunstâncias, uma redução de 1,5% é um dado animador ", declarou o presidente da entidade, Rui Altieri em nota à impresa.
O impacto foi diferente nos dois mercados que separam clientes das distribuidoras dos que negociam energia no ambiente livre.
Neste último, que representa 32% do consumo do Brasil, houve crescimento de 2,8%, reflexo do acréscimo de novas cargas no mercado livre. De acordo com a CCEE, no ano passado, 5.239 unidades consumidoras migraram do cativo para o livre. O mercado cativo encolheu 3,4% na comparação anual.
A leitura por região, a CCEE aponta os Estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro como os mais impactados pelo recuo do consumo de energia no ano passado. Os três registraram quedas próximas de 5% na comparação com 2019. Já o Pará, Mato Grosso e Amazonas lideram a lista de maiores altas, com crescimento de 6%, 5% e 3%, respectivamente.
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