O forró pode tornar-se Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. A proposta chegou à Câmara no Projeto de Lei n° 04/21 e é de autoria do vereador Almir Fernando (PCdoB).
O Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) deu início em 2019 à elaboração do Dossiê de Registro das Matrizes Tradicionais do Forró, procedimento técnico necessário para a inscrição do gênero no Livro das Formas de Expressão do Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
O mesmo já está assegurado a outros ritmos e manifestações populares como frevo, maracatu, caboclinho, capoeira, carimbó, cavalo marinho e samba. Almir Fernando quer assegurar este título ao forró em âmbito municipal.
"O Forró é um ritmo musical e também uma dança com origem no Nordeste. A expressão vai além de um gênero popular, diz respeito a festas e interações sociais ao som da sanfona, zabumba e do triângulo, comuns especialmente no período junino", afirma o autor.
A palavra forrobodó foi encontrada pela primeira vez na edição de um dicionário de 1912. No ano seguinte, o nome forró foi incluído, indicando ser uma abreviação de forrobodó. Diante da imprecisão do termo, o nome é geralmente associado a uma generalização de vários ritmos: o baião, a quadrilha, o xaxado e o xote.
Almir Fernando ressalta que apesar do Forró ter destaque em outras cidades, o Recife tem uma história de valorização da cultura e dos artistas que disseminam o ritmo. "Em virtude desta importância para o Nordeste e para o Recife, nada mais justo tornar o Forró Patrimônio Cultural Imaterial do Município". A matéria será distribuída às Comissões da Casa em fevereiro, com o retorno das atividades legislativas.
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