A Prefeitura de Manaus decidiu que não vai liberar escolas municipais para a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) neste domingo (17). A cidade enfrenta novo aumento de casos e mortes pela Covid-19. Apesar do pedido de entidades estudantis e autoridades da área da saúde para um novo adiamento da prova, o MEC (Ministério da Educação) decidiu manter a data atual, mesmo com o avanço da pandemia no país.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Alexandre Lopes, estão em tratativas com o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), para buscar uma solução para a aplicação do Enem.
Além de decidir não ceder as escolas municipais para aplicação do exame, a prefeitura de Manaus pediu que a prova fosse adiada para que os alunos do município não sejam prejudicados.
"É uma temeridade, sobretudo nesse momento. Hoje é dia 12, a prova será daqui a cinco dias, e sabemos que a situação de Manaus em relação a pandemia não vai arrefecer até lá. Abrir as escolas para o Enem representa aglomeração na frente e no interior delas. Enviamos as nossas razões ao Ministério Público e também sugerimos que o Enem seja cancelado", disse o secretário de Educação, Pauderney Avelino.
A Defensoria Pública da União entrou com pedido na Justiça Federal para que a prova fosse adiada, sob o risco de aumentar o número de infecções em todo o país. O Enem tem quase 6 milhões de inscritos.
No entanto, o pedido foi rejeitado pela justiça.
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