Sem resposta para governadores, ministro da Saúde cancela reunião para mostrar cronograma de vacinação

12 de Jan / 2021 às 18h45 | Coronavírus

Na expectativa por respostas concretas sobre o início da imunização dos brasileiros para o coronavírus, os governadores aumentam a pressão sobre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por um calendário definitivo de início da vacinação. Uma reunião estava prevista para hoje com o intuito de discutir, justamente, o cronograma das vacinas. 

Além dos governadores, o encontro contaria com a presença de representante da Câmara, Senado e STF, o Ministro da Saúde, Anvisa, Fiocruz e Butantã, CONASS e CONASEMS, CNM e ocorreria de forma virtual. No entanto, a reunião foi adiada pelo Ministério da Saúde por conta da falta de previsão para o início do processo.

Presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores, o chefe do Executivo do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que o Ministério da Saúde adiou a reunião para a próxima terça. Segundo ele, o chefe de gabinete de Pazuello, Airton Cascavel, pediu o adiamento por conta da ausência de uma posição da Anvisa sobre o imunizante.

“Eu disse que realmente não faz mais sentido  uma agenda amanhã se não for para definir uma data para início da vacinação. Pois somente com esta data de início da vacinação no Brasil é possível todo o cronograma do Plano Estratégico Nacional para Imunização", disse Dias, ao blog da jornalista Andreia Sadi.

Um plano de vacinação que contemple todos os Estados simultaneamente tem sido pauta recorrente entre os governadores. Os gestores tem cobrado do ministro a definição de uma data para o início da imunização. No momento, o País aguarda a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para as vacinas da Astrazeneca e Coronavac. A primeira foi apresentada pela Fiocruz e a segunda pelo Butantan.

Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB), criticou a inabilidade do Governo Federal em lidar com a pandemia e afirmou que o Estado de Pernambuco já possui cerca de 4 milhões de seringas e está a postos para iniciar a vacinação. "Depois de muita pressão dos governadores e da própria população, houve a compra das vacinas. Nós estamos nos preparando para ter agilidade para que, em Pernambuco, os pernambucanos tenham o mais rápido possível o direito à vacina”, disse.

“É de maneira muito estarrecedora que a gente está acompanhando esta situação por parte do Governo Federal nessa fase já da vacinação”, avalia Luciana.

Folha Press

© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.