O apresentador da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas Gerais, Stanley Gusman, de 49 anos, veio a óbito no último domingo (10), menos de um mês depois de fazer um desabafo crítico ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre kalil, que recomendou à população da cidade que evitassem aglomerações.
“Eu vou visitar meu pai, vou visitar minha mãe. Não vou matá-los. Acho um desrespeito o senhor [prefeito] falar isso. Não mexa com a minha família. Vou defender os meus pais e o meu país”, esbravejou Stanley.
Cinco dias após a manifestação, o comunicador começou a sentir os primeiros sintomas da doença. Colegas de emissora que se comunicaram com Stanley antes da internação relatam que ele confiava na recuperação por estar se tratando com hidroxicloroquina.
Em 4 de janeiro, sentiu falta de ar e foi internado na UTI em estado grave. O hospital que o atendeu, na região metropolitana de BH, informou que a morte do apresentador ocorreu por uma infecção secundária decorrente do novo coronavírus.
Desde o início da pandemia, Stanley Gusman assumiu a postura negacionista de minimizar a gravidade da doença. Em junho, afirmou ao vivo no programa Alterosa Alerta que não aceitaria que medissem sua temperatura na porta de supermercados e estabelecimentos comerciais, alegando que um estudo teria determinado que o termômetro infravermelho causaria danos ao cérebro.
Stanley criticava prefeitos e governadores que decretavam medidas restritivas para conter o avanço do vírus. Recentemente, havia incorporado a seu repertório o discurso antivacina.
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