O que fomos, o que somos e o que queremos e precisamos ser? Na brevíssima existência humana de ciclos, círculos e séculos cristãos, o ser humano matou, devastou, e construiu seus templos no "panteão "para adorar a si mesmo, tentando enganar os "deuses"?
Muçulmanos dizem que o único é "Alah" e na América Latina Brasil, os portugueses mataram o "deus" Tupã. Ocidentais escravizaram os "orixás ".
Coitado de Deus, tão explorado pelos infames humanos em nome da sua fé. Com medo do escuro o ser humano reza.
Mas tem uma coisa que os humanoides buscam e lutam por ela: identidade! Que se traduz em poder e vaidade.
Aqui na república do Juazeiro, vasculhamos os vestígios da recente história em busca de um viés de originalidade: que Juazeiro Bahia do Rio São Francisco é? "Da lordeza?”
No passado mais próximo, como no prólogo do livro do jornalista Rui Castro - Uma Juazeiro mágica de 1948, que levou para o mundo o gênio de João Gilberto - que Juazeiro não consegue entender e despreza. A ignorância, às vezes, é imperdoável.
“Terra das carrancas? Terra dos artistas?" Hum!
Da Juazeiro de Américo Tanuri que trouxe a energia de Paulo Afonso, o asfalto até Feira e o "vaporzinho", Joca Oliveira eu não lembro muito, Durval (do Colégio Paulo VI) tudo era o tempo da ressonância do "carro de som" da "Marabá " de Gil Brás, "eficiência e qualidade".
Aí já desaguamos na era moderna com o "Juazeiro a todo vapor", "capital da irrigação " de Jorge Khoury.
Depois Joseph Bandeira, um conhecedor profundo de música clássica/erudita e na clarividência, um intelectual clássico conservador que também passou ao largo na busca desta égide identitária de Juazeiro "vontade do povo", "da luta do povo".
Misael Aguilar era ele mesmo "Mais Ação". O professor Rivas quis passar Juazeiro "em primeiro lugar", Isaac da "mudança", gosta de "vaquejada" e virou o "vaqueiro". O seu competente "publicitário " criou um ciclo a partir de 2009 que desembarcou na "capital mundial da bossa nova"! Da gestão Paulo Bonfim..."Bossa Nova? Juazeiro não tem nem "Bossa" quanto ao menos "nova".
E Juazeiro continua olhando para os seus pés de pavão e erguendo seu olhar na direção contemplativa de Petrolina.
Pertencimento e identidade Juazeiro não tem.
Auto estima? Sem!
A primeira prefeita da nossa história pode e deve mudar esse jogo bruto da nossa vaidosa e insolente política de negócios com o dinheiro público, de frágil e falsa identidade. Além de asfalto, escolas, saúde, saneamento... é preciso construir sentimentos.
Paulo Vanzolini, compositor de "Ronda" não saiu de São Paulo em busca da sua amada perdida. Caetano Veloso, baiano de Santo Amaro, fez no meio do "turbilhão de "Sampa", ela gostar mais de si mesma.
Não adianta viver sem se conhecer, se pertencer, sem se saber o que é? Sem saber a que se destina?
Está começando Suzana!
Já é hora de Juazeiro deixar o "casulo ou a casa de caracol?”
Fotos da Sociedade 28 de Setembro, no passado estético, clássico e no presente futuro decadente.
Maurício Dias (Mauriçola)
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