Um principio de incêndio em Pilão Arcado, Bahia foi controlado e não causou maiores danos à comunidade. Em outubro do passado a reportagem da REDEGN mostrou o alerta do Corpo de Bombeiros para que a população dobrasse os cuidados neste período do ano.
Basta uma faísca na vegetação seca agravada pela incidência dos raios solares e dos ventos fortes. Esses são ingredientes suficientes para provocar um incêndio de grandes proporções. A descrição não está muito distante da realidade que ocorre em diversas partes do sertão nordestino.
Detalhe: na região, a maior parte do território é coberto pela caatinga, vegetação muita seca, típica do semiárido e isto provoca a lida diariamente com o fenômeno da desertificação, ou seja, a diminuição da umidade em solos arenosos.
Mesmo com pouco efetivo o Nono Grupamento de Bombeiros Miltar (Juazeiro) tem sido bastante ativo no combate aos incêndios. No entanto, a prevenção ainda é o melhor caminho. O combate é feito pelo Corpo de Bombeiros, mas a responsabilidade é dever de todos. Por isso, a população não deve hesitar em ligar para o número 193 quando precisar.
Nos últimos meses tem aumentado o chamado para que o Nono Grupamento de Bombeiros (Juazeiro) atenda solicitações visando ao combate a incêndios na zona rural. Vários são os focos de incêndios que vem ocorrendo na região.
Em contato com a reportagem da redeGN, o Tenente Coronel Tarciso Ribeiro, Comandante do Nono Grupamento de Bombeiros Militar chamou à atenção para a promoção da sensibilização pública relativas à cooperação e fez alerta para os agricultores e moradores não fazerem queimadas na caatinga. "O Corpo de Bombeiros soma esforços na luta contra e a prevenção de incêndios, visando mitigar os danos causados ano a ano à fauna e à flora do semiárido".
O Tenente Coronel ainda explica que a maior parte da vegetação da caatinga possui alto risco de incêndio. No entanto, segundo ele, com conscientização e prevenção, é possível evitar as queimadas.
A preparação dos bombeiros militares que atuam é contínua quando o assunto é incêndio. O ponto alto dessas ações de combate a chamas acontece no segundo semestre do ano, período onde as precipitações diminuem e a força dos ventos se acentua.
Outro fator que agrava a qualidade do solo é a ação humana provocada pelas queimadas, quando o sertanejo põe fogo na mata para realizar o plantio ou fazer pastagem. O processo, além de destruir a vegetação, retira a camada orgânica do solo, deixando-o mais pobre em nutrientes. Entre julho e novembro, o fogo pode se alastrar facilmente destruindo grandes áreas da caatinga. Por essa razão, até o fim de dezembro, as queimadas controladas devem ser evitadas a todo custo, a fim de proteger a cobertura florestal do bioma e evitar riscos.
Para se ter uma ideia a meteorologia informou que a umidade relativa do ar na região de Juazeiro e Petrolina atinge estar abaixo de 20%. O que deve colocar a comunidade em alerta. Isto representa além da sensação térmica acima de 40 graus, risco a saúde e a falta de umidade que contribui mais ainda para possíveis incêndios.
"Nunca jogar resto de cigarro em local onde haja vegetação, pior ainda se essa vegetação estiver seca. Estando em viagem, evite jogar lixo pela janela do carro, pois esse lixo poderá servir de alimento para o fogo", recomenda. O comadante aconselha ainda não soltar balões, não usar fogo para queimar lixo ou para limpeza de plantação e não fazer queimadas, a fim de não matar a Caatinga e preservar a natureza.
Nos últimos meses, o Corpo de Bombeiro foi acionado para dezenas de ocorrências de incêndios na região. Até em ato político houve um principio de incêndio, no bairro São Geraldo, quando soltaram fogos. Uma área de vegetação dentro do Campus III da Uneb foi atingido. O Corpo de Bombeiros controlou logo o fogo.
O Tenente Coronel Tarcisio ainda destaca a preparação dos bombeiros e as iniciativas criadas para essa época. “As atividades que se intensificam bastante, a partir do segundo semestre de todos os anos, é a questão do combate ao fogo em vegetação. Os incêndios descontrolados influenciam diretamente no processo de desertificação das nossas áreas. O Corpo de Bombeiros tem uma preocupação com isto e não mede esforços para chegar realmente até o foco do incêndio em vegetação ”, ressaltou o comandante geral.
Importante a comunidade em geral ficar atenta: as viaturas de combate a incêndio são bastante pesadas e isto requer uma logística maior quando o local do fogo é na zona rural.
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