Nem nos melhores sonhos, provavelmente, o novo presidente da Câmara de Vereadores de Juazeiro, Berg da Carnaíba, imaginaria a meteórica ascensão política que lhe foi reservada após o veredicto das urnas, que lhe conferiu 1.568 votos, o 14º na lista de eleitos e a 3ª vaga do PDT.
Berg, de 34 anos, casado, com ensino médio e nenhum bem como patrimônio, de acordo com declaração no TSE, antes da abertura das urnas não aparecia sequer nos prognósticos dos “considerados eleitos” e meteoricamente já aparece no cenário político local como um dos nomes mais relevantes no cenário municipal, depois da prefeita Suzana Ramos e do Vice, Leonardo Bandeira.
Uma conspiração favorável de fatores se materializou: a surpresa das urnas, superando nomes tradicionais do PDT e garantindo uma das três vagas da legenda, a proximidade com a candidata eleita Suzana Ramos, com quem tem vínculos de confiança anteriores à eleição e a não eleição de nomes, que seriam, de acordo com bastidores, já pré-selecionados para a disputa do cargo de presidente da Câmara num acordo costurado com lideranças antes da disputa para prefeito.
Tudo conspirou a favor e desde sexta-feira (1) Berg da Carnaíba se tornou o terceiro nome na escala da hierarquia política no município, escolhido por 18 dos 21 vereadores eleitos para a legislatura 2021 a 2024.
De origem interiorana, negro, na sua primeira disputa eleitoral e sem experiência parlamentar, Berg já começou adotando um estilo conciliador e prometendo ser “presidente de todos, não apenas de quem votou” e de realizar um mandato voltado “para ajudar as pessoas”: “Disseram que Berg não tinha formação acadêmica suficiente para presidir a Câmara de Juazeiro. Quero dizer a vocês que eu tenho um diploma que poucos tem e poucos conseguiram, que dinheiro não compra, diploma esse que está aqui dentro do meu coração: que é de ajudar as pessoas”, disse no primeirto pronunciamento.
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