No século XX, os princípios da cultura hippie se espalharam pelo planeta. Muitos encontraram no jeito de ser dos baianos uma identidade e escolheram a aldeia de pescadores de Arembepe como refúgio e a transformaram em um dos pontos de convergência do movimento hippie mundial, atraindo personalidades nacionais e internacionais como Jorge Amado, Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Raul Seixas, Janis Joplin, Mick Jagger, Jack Nicholson e Richard Gere, que como tantos outros artistas e alternativos, se encantaram pelas belezas naturais e a tranquilidade do lugar, que vai ao encontro dos princípios de paz, amor e cuidado com o planeta, pregados pela cultura hippie.
Em Juazeiro, Bahia, desde o início do mês, para os mais observadores, é possível conversar com um casal de Hippie. Keila e Antonio contaram que já viveram na Aldeia Hippie de Arembepe.
Na orla de Juazeiro e em outros pontos eles vendem produtos artesanais. Com o discurso de "Viva a resistência" o casal revela que tem "viajado na Kombi, veículo que ganhou o nome de Vitoria e que "as margens do Rio São Francisco é mesmo linda".
O casal explica que a Aldeia Hippie do Arembepe foi requalificada e que o espelho onde os valores da filosofia hippie continuam sendo vivenciados. "história da Aldeia Hippie de Arembepe; a história do movimento hippie; os hippies visionários e a tecnologia para o bem comum; a Bahia dos anos setenta; o tropicalismo; o rancho de Janis Joplin; visão holistica, os Novos Baianos e o mistério do planeta; e os neo hipsters do século XXI", tudo agora é tema para que o visitante possa conhecer.
A Aldeia Hippie do Arembepe fica a cerca de 50 quilômetros do Aeroporto Internacional de Salvador, em uma imensa área cercada por dunas e cheia de coqueiros, margeada de um lado pela praia e do outro pelo rio Capivara. Entre os anos 60 e 70, foi frequentada pelos maiores defensores da filosofia paz e amor, que cambaleavam pelo planeta Terra, de Mick Jagger a Janis Joplin, passando por Roman Polanski, Jack Nicholson, Novos Baianos, Gil, Caetano, Rita Lee e outros.
A data exata da fundação da aldeia é um mistério, entretanto, oficialmente, se fala em mais de 50 anos do local. Cerca 30 a 40 pessoas ainda vivem na aldeia, mantendo vivo o espírito de paz, amor, liberdade e harmonia com a natureza.
Em maioria, são artesãos, músicos, escritores e artistas diversos, que têm no local o paraíso que não encontram nos centro das metrópoles.
Keila diz que aprendeu na Aldeia que "quando você nasce, já nasce na terra. A terra não tem dono. A terra é mãe. A mãe é esplêndida, é um desabrochar da natureza. Na terra temos tudo: temos alimento, temos nós mesmos, as espécies malignas e benditas. A terra é que é nossa história", afirma.
Com o espírito livre, o casal diz que "a cada ano fica mais dificil e este ano o agravante da pandemia. "Vamos planejar mais uma viagem em breve e deixar aqui o recado para que todos vivam em busca do equilibrio", disse Keila.
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