Carlos Augusto Cruz - Médico/Advogado
Há milhares de anos o homem se pergunta: - Por que morremos?
Parece que quanto mais ele se adentra neste mistério, mais complexo ele vai ficando, a ponto de começar como um teorema, e finalizar-se tal qual o cálculo de uma Proporção Áurea ou, o cálculo do valor de Pi.
Caso procuremos a resposta, sobre um prisma religioso, vamos encontra-la em um dos mais antigos livros da humanidade, e o mais lido em todos os tempos: As Sagradas Escrituras.
Já bem no seu início, porque no seu Primeiro Livro, O Gênesis, no Capítulo 3, Versículo 22, está escrito: “Então o Senhor Deus disse o seguinte:
- Agora o homem se tornou um de nós, pois conhece o bem e o mal. Ele não deve comer a fruta da árvore da vida e viver para sempre.”
Essa foi a primeira sentença aplicada ao homem, por ninguém mais, ninguém menos que o próprio Deus. Daí o próprio criador do homem, torna-se o seu próprio magistrado, aplicando-lhe uma sentença de tal monta, sentença de morte, pelo seu próprio Criador.
Somente porque queria viver para sempre? É pecado querer-se viver? Será que quanto mais se vivesse não seria melhor? Por que morremos?
“E a pergunta roda, e a cabeça agita!”. Passaram-se os séculos e, continuamos sem resposta.
Nos últimos dias temos perdido para a morte, diversos amigos nossos. Entre eles estão, até mesmo, aqueles que se especializaram na luta contra esse inimigo invisível: a própria morte!
Nas últimas duas semanas, perdemos dois colegas médicos, (Dr. César Minor Obara e Dr. Julio Queiroz, o primeiro Anestesiologista, o segundo, Mastologista).
Some-se a esses dois, nosso amigo de longas datas, José Carlos Viana Tanuri, a quem eu conheci na época de menino, nos bons tempos da quadra de futebol de salão da Praça Ivo Braga, conhecida como “Praça do Boi”, jogando no time do Spartcus, nos tempos em que no futebol da bola pesada, em Juazeiro, era respeitado.
Cidadão juazeirense, devoto de Nossa Senhora das Grotas, vereador por cinco legislaturas em nossa cidade, Presidente da Câmara de Vereadores, político por herança do seu pai, que também foi Prefeito de Juazeiro, tendo, Zé Carlos, se iniciado na política na mesma legislatura em que eu também tive a minha iniciação, isso aconteceu quando foi candidato à Prefeitura de Juazeiro, o Comerciante, Arnaldo Vieira do Nascimento; Zé Carlos, (como toda Juazeiro o tratava), é quem é o pai dos nossos colegas, médicos, Dra. Jacqueline, Dra. Vanessa e Dr. José Carlos Junior, da Enfermeira, Jéssica, tendo os demais filhos todos formados: Edson Tanuri, engenheiro civil, segundo seus próprios irmãos é o pacificador da família, nos momentos de divergências; Alex Tanuri, advogado e político; Rodrigo Tanuri, engenheiro civil e o primo-irmão, Marcos, a quem ele criou como filho, morto em um acidente automobilístico, que também era médico.
Para dizer que não falei tudo sobre, Zé Carlos, ele era vizinho de minha irmã, na Pracinha que leva o nome do Sr. Francisco Dias Gonçalves da Silva, para nós, “Seu Chiquito”, no Bairro, Castelo Branco.
Os outros dois que a morte nos subtraiu, eram médicos, Dr. César e Dr. Julio. O primeiro além de meu colega era também meu Irmão; pessoa afável, educado, falava manso e baixinho. Pessoa nenhuma, onde quer que ele militou, tem queixa dele. Excelente profissional, e maçom cumpridor das suas obrigações, tendo ocupado na última legislação, ou quiçá na penúltima, o posto de Venerável Mestre da sua Loja a “União do Vale”.
O segundo, Dr. Júlio, eu não tive muito contato com ele, mas, por ouvir dizer, era outra pessoa de excelente relacionamento. Mastologista competente, tinha angariado grande clientela em bem pouco tempo de exercício da medicina, na região.
Todos eles foram-se, levados pelo Covid-19; vítimas da Pandemia. Todos eles tiveram suas vidas ceifadas por esse inimigo invisível que, parece ter aparecido no planeta terra para um ajuste de contas.
Na briga dos terráqueos contra o vírus mortal, o inimigo está ganhando de lavada. A nossa única esperança é o surgimento de uma vacina, que nos torne a todos imunes a esse coronavirus, o Covid 19.
Muito ôba-ôba tem-se ouvido acerca da famigerada vacina, já apareceram umas quatro, mas, nenhuma delas tem cumprido corretamente os trâmites legais e, experimentais, para dar respostas claras a convincentes, à ANVISA, para a sua aprovação.
Aos nossos colegas e amigos que já se foram levados por este inimigo invisível, nossas condolências às famílias enlutadas.
Rogamos ao Supremo Arquiteto do Universo, que os receba na sua glória, acolhendo-os no Grande Templo Universal, afim de formarem com todos os outros espíritos de luz, que residem em algum lugar da Casa do Pai, a Grande Loja da Maçonaria Universal.
Requiescet in pace.
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