Entre os dias 23 e 27 de novembro, o Irpaa celebrará 30 anos de existência e atuação na construção da proposta de convivência com o semiárido. E para divulgar e reafirmar as principais linhas de atuação da instituição, junto à sociedade, serão realizadas atividades virtuais, através do canal do Youtube do Irpaa (TV Irpaa), recheadas de debates e discussões acerca do tema central do evento, que este ano traz no título "Irpaa 30 anos: Construindo a Convivência com o Semiárido".
Este momento contará com participações especiais de pessoas que fizeram parte da história da instituição. No dia 23 de novembro, segunda-feira, a partir das 19h30, a celebração será iniciada com a live temática "O que é Convivência com o Semiárido e que sociedade queremos?", com o presidente do Irpaa, Haroldo Schistek, e o sócio e agricultor, Luís Mota, mediada pela sócia Maísa Antunes.
Participarão também desse momento, Mirtes Cordeiro, Dom André de Witte e Marilene Bispo, parceiros na caminhada da Convivência. A live pretende elucidar, ao público que estará acompanhando virtualmente, o significado do lema principal do Irpaa e salientar a busca por uma sociedade mais justa, na qual os direitos e as necessidades de povos e comunidades tradicionais que vivem no Semiárido sejam garantidos. Nesse dia, também terá apresentação musical do cantor e compositor Neudo Oliveira, além da interação constante com o público.
Já na quarta-feira, dia 25, a partir das 15h, será realizado o seminário técnico-científico com o tema "Elementos fundamentais/centrais da Convivência com o Semiárido", através da plataforma Zoom, e com transmissão pelo Youtube. A ideia é debater questões históricas que envolvem a construção da proposta da convivência, pelo Irpaa, aqui na região: Terra e Território, com Judenilton Oliveira (Irpaa) e Gilmar Santos (CPT); Clima e Água, com André Rocha (Irpaa) e Cristina Nascimento (Asa Nacional); Produção apropriada ao Semiárido, com Moacir Santos (Irpaa) e Egnaldo Xavier (Poder público); e Comunicação e Educação no contexto do Semiárido, com Karine Pereira (Irpaa) e Ana Célia (Resab). Dentro do tema deste dia, também será discutido o atual contexto político do Brasil, que vem sendo marcado por muitos retrocessos e pela perda de direitos.
Encerrando a semana de celebração dos 30 anos do Irpaa, a live temática "Perspectivas e defesa da Convivência com o Semiárido" será realizada na sexta-feira, dia 27, a partir das 19h30. Entidades parceiras, movimentos sociais, agricultores e agricultoras farão parte desse momento, pontuando os principais entendimentos acerca da proposta da convivência, avaliando o que já foi feito ao longo dos anos e construindo novas possibilidades de atuação na sociedade, reforçando o protagonismo e o engajamento dos povos e das comunidades da região. No dia, também haverá música e o lançamento das cartilhas produzidas pelo Irpaa: "Experiências de Recaatingamento no Semiárido brasileiro"; "Balaio de Histórias - Entre as Caatingas e as águas: Educomunicação no Sertão do São Francisco"; e "Comunicação para a Convivência com o Semiárido". Além do livro de autoria da Jornalista Jacira Felix, "O amor conduz a verdade".
Para Tiago Pereira, coordenador institucional do Irpaa, a programação do evento evidencia o trabalho de construção da Convivência com o Semiárido durante três décadas, e a celebração dessa trajetória é também uma forma de renovar forças para seguir com o propósito da instituição. "A convivência dá conta de perceber o fator da seca e aponta essa compreensão de que é um fenômeno natural. E dá conta de tratar de questões estruturantes nessa região do semiárido, que historicamente foram negligenciadas, principalmente pela ação do estado brasileiro, como o debate de terra, território, políticas públicas, produção apropriada [...] Então, a celebração dos 30 anos é um momento de reencontro e reflexão de quão foi importante esse trabalho ao longo desses anos [...] Nós estamos num momento de muitos retrocessos, muitas perdas, e que a gente precisa retroalimentar a esperança, e esse trabalho da convivência tem ajudado as populações a viverem de forma digna em seus territórios", afirma.
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