Passada a eleição, com resultado amplamente favorável às oposições, que elegeram Suzana Ramos (PSDB) para governar o município, as atenções políticas em Juazeiro agora se voltam para a eleição da Câmara Municipal, que acontece em janeiro, assim que os vereadores eleitos para o novo mandato assumirem seus postos.
O legislativo teve uma renovação de pouco mais de 60% das vagas e apenas 7, dos 21 vereadores, conseguiram renovar os mandatos, o que deixa ainda mais aberto os prognósticos para a eleição da Casa Aprígio Duarte.
Em que pese a eleição acontecer só em janeiro, nos bastidores políticos esse assunto já está na pauta e nomes já começam a circular como possíveis concorrentes: Berg da Carnaíba (PDT), um dos novatos, seria o nome escolhido pelo grupo da prefeita eleita Suzana Ramos para disputar a vaga de presidente da Câmara.
Na outra vertente está o atual presidente da Câmara de Vereadores de Juazeiro, Alex Tanuri (PP), que não esconde o desejo de se manter no cargo e já estaria se movimentando na tarefa de fazer maioria para a eleição de janeiro.
Mantida a configuração da urnas cada um dos grupos elegeu 10 vereadores, com uma vaga preenchida pelo PL, que integrava a coligação do candidato Coronel Anselmo, mas nem sempre essa configuração se reflete na eleição do legislativo, já que prevalece muito as negociações individuais, de bastidores, quando entram em jogo outros interesses, políticos, ou não, que já estariam bem movimentadas, pelo que apuramos com fontes bem próximas do processo.
Um dos prováveis concorrentes à buscar o posto de candidato, por ter sido um dos mais votados, ter exercido vários mandatos e ser do PSDB, mesmo partido de Suzana Ramos, vereador Bené Marques, abdicou da condição de postulante e já manifestou apoio a Berg, em vídeo divulgado nas suas redes sociais. O gesto de Bené, em que pese não somar voto extra, indica que na sua base os caminhos estão bem pavimentados para consolidação do nome de Berg como representante do grupo.
No lado oposto, de Alex Tanuri, pesa sua experiência neste tipo de negociação política e o silêncio momentâneo da maioria dos eleitos para a nova legislatura, o que indica possibilidades de composição, já que as Câmaras de Vereadores alardeiam ter vida própria, tem orçamento generoso e dão boa margem para articulações políticas.
O jogo está posto, por enquanto com dois possíveis candidatos, mas não será surpresa se aparecerem novos pretendentes nos próximos dias.
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