O nome dela é Madalena Maria da Silva, a Dona Dadá. Uma mulher guerreira, conhecida na cidade de Juazeiro por sua vida comunitária, tem uma história de vida inspiradora.
Ela nasceu em março de 1943, passou a sua infância no Dourado, próximo a Carnaíba do Sertão, nesta época ela passava a semana no pé da serra fazendo carvão, carregava lata de carvão para trazer o sustento para casa, para os seus irmãos e sua mãe.
Ela perdeu uma filha, a sua primeira filha, em 1974 por uma complicação no nascimento dos dentes e uma desidratação, isso porque era grande a dificuldade para conseguir chegar ao centro de Juazeiro.
Essa mulher com essas e tantas outras histórias teria diversos motivos para não dar certo, mas sabe o que aconteceu?
Ela se tornou enfermeira, talvez por tudo que ela passou, ela dedicou a sua vida a cuidar dos outros, da sua família e do povo mesmo.
Ela foi a primeira e única mulher presidente do Juazeiro Social Clube, era lindo como fazia acontecer ao lado de Seu Gaguinho (voinho). Ela foi eleita vereadora em 2000 e me recordo do seu esforço e trabalho, da antiga lavanderia do Alto da Maravilha que ela conseguiu transformar em posto de saúde e fazer uma outra lavanderia.
Me recordo do atendimento dela no centro comunitário e de conduzir o postinho com maestria.
Transformar o canal da rua quatro a rua sete.
Me recordo que não tínhamos SAMU e o carro dela era a ambulância, a casa dela era o lugar de buscar o remédio na hora da dor.
Tenho muito orgulho de toda a trajetória, e sou grata por poder escrever e ler esse texto pra ela.
Não somos o instante, somos a nossa História.
Precisamos valorizar as pessoas enquanto elas estão aqui.
Hoje com 77 anos, a idade não permite a mesma correria, mas o coração é o mesmo. O coração que sofre pela dor do outro, que ama o povo, que se sente super importante em sentir admiração do povo sempre que pode.
Mãe, vó, voinha, Dona Dadá, Madalena uma mulher que nos inspira. Uma História que vai além da política, uma história que merece todo o nosso respeito.
Somos gratos por sua vida voinha.
Carine Santos
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