O Palácio do Planalto monitorou com dinheiro público as redes sociais de parlamentares e de jornalistas. Isso é o que afirmou a coluna de Guilherme Amado, na revista Época, que teve acesso aos relatórios, que têm como objetivo municiar o governo federal sobre o comportamento digital dos políticos e profissionais de imprensa.
Os documentos foram classificados como sigilosos e dão conta de que o monitoramento aconteceu diariamente entre os meses de fevereiro, março e abril deste ano. O sigilo foi dado sob a alegação de que os relatórios se tratam de um "trabalho autoral" da empresa contratada pela Secretaria de Governo (Segov) e pela Secretaria de Comunicação (Secom).
Intitulado como "Parlamentares em foco", o relatório foi dividido em três eixos. Em “Debates dos usuários” são monitoradas tendências das redes. No eixo “Publicação dos parlamentares”, foi feita uma análise das postagens dos quatro deputados e senadores que mais publicaram no dia.
No eixo “Aderência ao governo”, a análise da Secom avaliou o teor das postagens de parlamentares de oposição, de centro e da situação. As publicações foram classificadas como positivas, neutras ou negativas.
Já os jornalistas foram alvos de um monitoramento específico. De acordo com a publicação da Época, o governo federal se recusou a dar informações sobre o intuito do relatório.
Seis parlamentares baianos constam no relatório: Afonso Florence (PT), Bacelar (Podemos), Daniel Almeida (PCdoB), Dayane Pimentel (PSL), Eduardo Costa (PTB) e Jorge Solla (PT).
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