Existem momentos na vida que nem toda pergunta será esclarecida e nem toda resposta convencerá. A interrogação não se completa quando não é respondida, assim como não existe resposta sem uma provocação. Na política a interrogação é o político e o eleitor seria a resposta, daí quando um não concordar com o outro o resultado fatalmente será negativo para o primeiro.
Uma pergunta mal elaborada está no mesmo nível de uma resposta 'mal dada'. Quando as duas partes não necessariamente se completam, em algum momento o indesejável pode acontecer. O correto é valorizar a sensatez e o equilíbrio, com a razão sobressaindo, sempre, à emoção, em qualquer situação.
A eleição que escolheu os prefeitos e vereadores de municípios brasileiros aconteceu em uma das datas consideradas mais importantes para o Brasil, 15 de novembro, no dia em que se comemora a Proclamação da República, um regime inicial marcado pelo autoritarismo, mas que abriu as portas para o regime democrático. Seu significado foi caracterizado pela liberdade de expressão e o direito da população ao voto para decidir quem governaria o país, fatores que antes não eram executados pelo regime monárquico (sendo o imperador o chefe de estado).
Prevalecendo o livre-arbítrio, a democracia novamente saiu vitoriosa, mesmo não agradando a todos. Tristeza para uns, alegria para outros.
A partir de agora a disputa passa a dar lugar à esperança e o desejo de dias cada vez melhores. Neste momento o papel do eleitor será tão importante quanto os mandatos daqueles escolhidos pela maioria. Sai o apoiador político e entra o cidadão, aquele que cuida, que luta e principalmente fiscaliza as ações do Executivo e Legislativo de suas cidades.
A vida continua e importante é viver coletivamente, dividindo o que for positivo e ajudando a combater o que for negativo.
Viva a democracia!
Por Gervásio Lima
Jornalista e historiador
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