O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou em suas redes sociais supostas provas de que sete países da Europa importaram madeira extraída de forma ilegal da Amazônia. A imagem divulgada pelo filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mostra pedaços de madeira com inscrições em inglês dos nomes do Reino Unido, Holanda, Bélgica, Dinamarca, França, Portugal e Itália.
“A PF conseguiu rastear através do DNA para onde vai a madeira extraída ilegalmente da Amazônia. Como a maioria vai para Europa, onde muitos países se preocupam com o desmatamento nas florestas brasileiras, esperamos que eles cooperem fortemente para coibir esse mercado ilegal”, escreveu o parlamentar na mensagem divulgada nesta terça-feira, 17.
Mais cedo, Bolsonaro afirmou durante o discurso de abertura da Cúpula de Líderes do BRICS que irá revelar uma lista de países que já compraram madeira ilegal do Brasil. A fala foi uma resposta aos questionamentos e críticas que lideranças da França, Alemanha e Estados Unidos, entre outros países, fizeram da política de proteção ambiental brasileira, principalmente na região amazônica, o que o presidente classificou como “injustificáveis ataques”. Segundo Bolsonaro, a Polícia Federal desenvolveu uma técnica que permite rastrear a origem da madeira e descobrir para onde ela foi exportada. “Revelaremos nos próximos dias o nome de países que importam essa madeira ilegal nossa através da imensidão que é a região amazônica, porque daí sim estaremos mostrando que estes países, alguns deles que muito nos criticam, em parte têm responsabilidade nessa questão”, afirmou Bolsonaro.
A Operação Arquimedes, deflagrada pela Polícia Federal em 2017, revelou que países da Europa, Ásia e América do Norte importavam madeira extraída de forma ilegal da Floresta Amazônica. A ação, que também teve participação do Ibama e do Ministério Público Federal (MPF), apreendeu mais de 400 contêineres de 63 empresas com carga de madeira suspeita de ilegalidade durante a primeira fase da operação, em dezembro de 2017. As cargas foram confiscadas no Porto Chibatão e no Superterminais, em Manaus.
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