O Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde da Bahia reforçaram, por meio de assessoria, que é necessário vacinar o maior número possível de crianças e adolescentes em meio à Covid-19. Para isso, os órgãos adotarão todas as medidas de proteção amplamente divulgadas, para diminuir o risco de contágio da doença, tanto entre os trabalhadores da saúde, como entre a população.
“Contamos com o apoio de todos os profissionais de saúde e gestores, para que seja alcançado o êxito das estratégias de vacinação. Precisamos aumentar as coberturas vacinais e ampliar a proteção da saúde de nossa população”, enfatiza Vânia Rebouças, coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Sesab.
Por isto foi prorrogada até o próximo dia 30 de novembro a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e a Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação das crianças e adolescentes até 15 anos de idade. A ação tem como principal meta reduzir o risco de reintrodução do poliovírus selvagem no país, além de oportunizar o acesso às demais vacinas, atualizar a situação vacinal da população alvo, reduzindo a incidência de doenças que podem ser prevenidas através de vacinação.
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco anunciou também a prorrogação da campanha de vacinação contra a poliomielite. A ação, que estava prevista para acabar ontem sexta (30), segue, agora, até 13 de novembro. Segundo o estado, a meta é garantir dose extra de imunização contra a doença para todas as crianças menores de 5 anos, que estão com o esquema básico da pólio em dia.
Um balanço divulgado nesta quinta pelo estado aponta que, até agora, 357.442 meninos e meninas foram vacinados. Isso significa 65,06% do público alvo. Ainda de acordo com o estado, faltam 191.927 crianças para chegar à população total nessa faixa etária, que é de mais de 549 mil pessoas.
A secretaria também informou que, nesse período, é preciso estimular a atualização da caderneta de vacinação dos menores de 15 anos.
Durante a coletiva de imprensa, nesta quinta, o secretário André Longo afirmou que Pernambuco está na segunda colocação do país em percentual de vacinados na campanha contra a poliomielite. “Estamos longe de comemorar, porque temos pouco mais de 60% das crianças vacinadas contra a poliomielite e nossa meta é de, no mínimo, 95%”, declarou.
A superintendente de Imunizações da secretaria, Ana Catarina de Melo, informou que 793 mil doses da vacina contra a poliomielite foram distribuídas para os municípios realizarem suas ações.
Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde apontam que cerca de metade das crianças brasileiras não recebeu todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Imunização em 2020 (veja vídeo acima).
Segundo os índices do PNI até o dia 7 de setembro, a cobertura vacinal estava em 51,6% para as imunizações infantis. O ideal é que ela fique entre 90% e 95% para garantir proteção contra doenças como sarampo (que tem índice ideal de 95%), coqueluche, meningite e poliomielite.
De acordo com a SES, o Brasil também não atingiu meta em nenhuma das 12 vacinas indicadas para as crianças menores de 1 ano e disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2019. Esse é um fato inédito nos últimos 20 anos (veja vídeo acima).
Em Pernambuco, somente as doses da BCG (91,34%), contra formas graves da tuberculose, e a primeira da tríplice viral (98,92%), contra o sarampo, rubéola e caxumba, chegaram ao índice mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), de 90% e 95%, respectivamente.
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