Cultura Pernambucana perde Mestre Chocho

22 de Oct / 2020 às 14h15 | Variadas

Mais antigo chorão em atividade no Brasil, Otaviano do Monte, merecidamente (re)conhecido como Mestre Chocho, faleceu aos 96 anos, sendo pelo menos 70 deles dedicados à música.Internado no Hospital de Campanha do Recife, na rua da Aurora, Santo Amaro, área central da cidade, o Mestre estava com sintomas da Covid-19, quando no início de outubro foi levado pela família para sr atendido. 

Nascido no Cabo de Santo Agostinho, Chocho fez de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, seu lar. Em 2017 ele foi declarado Patrimônio Vivo de Pernambuco. O artista deixa dois filhos e um neto, Rodrigo Alves, seu herdeiro natural no violão sete cordas.

Em conversa com a Folha de Pernambuco, Odaci Alves, filho mais velho de Chocho, informou que inicialmente os sintomas do pai não eram da doença, embora estivesse com respiração baixa, fato que o levou a ser internado em uma unidade direcionada a pacientes com Covid. 

“Até onde eu sei, ele entrou no hospital sem Covid-19. O que ele tinha era  respiração baixa e infecção pulmonar por duas gripes mal curadas. Depois que levamos ele para a UPA em Barra de Jangada fizemos todos os exames e estava normal”, ressaltou Odaci. 

Assim como Cartola (1908-1980), que lançou seu primeiro álbum aos 65 anos, Chocho também foi descoberto tardiamente.  Seu debut “Chorinho do Nosso Quintal” foi lançado apenas em 2006. 

Em 2017, Mestre Chocho foi figura central do documentário “Chocho: 70 anos de cordas musicais, primeiro registro audiovisual dedicado à sua obra”. O Mestre deixa um legado eternizado na cultura pernambucana.

Em nota de pesar, o Governo do Estado lamentou a morte de Mestre Chocho. 

A Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) lamentam a morte de Mestre Chocho, Patrimônio Vivo de Pernambuco, que faleceu nesta quinta-feira (22), aos 96 anos de idade.

Otaviano do Monte, conhecido como Mestre Chocho, nasceu no dia 12 de fevereiro de 1924, no Cabo de Santo Agostinho. Ao longo da sua vida dedicou mais de 70 anos à música e ao choro, gênero musical por onde transitou durante décadas.

Em agosto de 2017, ao lado de outros nomes da cultura pernambucana, Mestre Chocho recebeu das mãos do governador Paulo Câmara o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Aos familiares e amigos do artista, as equipes da Secult-PE e da Fundarpe deixam seus sinceros sentimentos.

Secult Pe

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