O mês de outubro, anualmente, é dedicado a ações de combate à sífilis, geralmente incentivadas por meio de mobilizações e campanhas junto aos municípios. Considerando o cenário atual de pandemia da Covid-19, as ações, esse ano, sofreram limitações.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), está recomendando que as unidades de saúde mantenham as consultas de pré-natal, a busca ativa de gestantes e puérperas, a oferta de testagem rápida aos usuários que busquem os serviços de saúde; tratamento adequado aos casos diagnosticados e realização de ações educativas (prioritariamente de modo virtual), além de reforçar que as ações de redução da sífilis devem ser contínuas e sistemáticas.
A sífilis é uma doença infecciosa, transmitida sexualmente, curável, causada por uma bactéria conhecida como Treponema pallidum. Quando não tratada, a doença pode evoluir para formas graves, comprometendo especialmente os sistemas nervoso e cardiovascular.
A doença pode ser transmitida durante a gestação, de uma mãe infectada para o feto (transmissão vertical). A sífilis congênita é uma doença de elevada magnitude, passível de controle desde que as portadoras sejam diagnosticadas e tratadas adequadamente durante a gestação, período em que pode causar abortamento, prematuridade, manifestações clínicas e/ou morte do recém-nascido.
De acordo com dados da Divep, houve evolução das taxas de sífilis de 2012 a 2019. Nesse período, verifica-se o aumento na taxa de detecção da sífilis adquirida, obtendo-se 81 casos por 100 mil habitantes em 2019. O mesmo ocorre em relação à taxa de detecção da sífilis em gestantes, com detecção de 19,8 casos por 1000 nascidos vivos (NV). Apesar de maior detecção da sífilis adquirida e em gestantes, nota-se aumento progressivo da sífilis congênita, com discreto decréscimo em 2019, onde temos 5,8 casos por 1000 NV. Na Bahia, entre 2015 e 2019 foram registrados mais de 34 mil novos casos de sífilis.
O diagnóstico da sífilis é feito por meio de teste rápido e outros exames específicos de laboratório, testes sorológicos e/ou de biologia molecular. O teste rápido e o tratamento são gratuitos e estão disponíveis nas unidades da rede básica de saúde. Já a prevenção, acontece com o uso regular de preservativos e realização de teste rápido nas unidades de saúde, principalmente em mulheres em idade fértil, e triagem no pré-natal a fim de evitar à sífilis congênita, e testar parcerias sexuais.
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