Intensidade da seca na Bahia tem aumento, aponta monitor da Agência Nacional de Águas

22 de Oct / 2020 às 09h00 | Variadas

Áreas atingidas por seca na região oeste da Bahia passaram à categoria de seca moderada, entre os meses de agosto e setembro, de acordo com dados do Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA). A passagem de seca "fraca" para "moderada" na região indica um agravamento do fenômeno da seca no estado.

Os indicadores passam por graus de seca fraca, moderada, grave, extrema ou excepcional. Com a mudança na região oeste, a área com registro de "seca moderada", que representava 17,85% do todo território baiano, passou para 21,87% do território total do estado.

Entre agosto e setembro, a área com seca na Bahia permaneceu estável no patamar de 68% – menor desde agosto de 2015 (61,7%). No entanto, de acordo com Mapa, a severidade do fenômeno aumentou devido a elevação do território com seca considerada moderada.

Ainda de acordo com o Mapa do Monitor de Secas, setembro teve aumento das áreas com seca em 14 de 19 estados brasileiros, Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Ainda segundo o estudo, houve redução de secas somente no Rio Grande do Sul. Três estados que passam por forte seca permaneceram com 100% de seus territórios com o fenômeno em setembro: Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A Bahia se manteve no patamar de 68% de sua área com seca.

Em termos de severidade, o território baiano está entre os estados que tiveram agravamento do fenômeno, junto com o Distrito Federal e Alagoas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Tocantins.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.

Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pela internet quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.

Ana

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