O cancelamento e adiamento de eventos por causa da Covid-19 impactou a economia na Bahia. O setor de turismo responde por 20% do faturamento do estado. Desde março, a Bahia não tem grandes shows e até o tradicional São João, que é festejado em mais de 300 cidades baianas, não aconteceu. Cerca de R$ 550 milhões deixaram de ser injetados na economia baiana, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do estado.
Pela primeira vez na história da Bahia, os eventos mais importantes e que movimentam o estado não devem acontecer: festas de largo e religiosas, como a Lavagem do Bonfim, os festejos da virada de ano, que duravam cinco dias. Até o carnaval, que reúne 3 milhões de pessoas nas ruas por dia e que projeta Salvador para o mundo está ameaçado de não acontecer.
No carnaval deste ano, mais de 900 mil turistas viajaram para a capital baiana e foram responsáveis por 97% de ocupação hoteleira. São quase R$ 2 bilhões a mais na economia e uma geração de 215 mil postos de trabalho.
Em julho, o prefeito de Salvador, ACM Neto anunciou que o carnaval não vai ser realizado em fevereiro, mas não descartou a realização em meados de julho do ano que vem. Até lá, a prefeitura busca alternativas para movimentar o setor de entretenimento, como as mudanças no Festival da Virada, para saudar 2021.
“Nós estamos em fase bastante acelerada de um projeto bastante interessante, onde irá envolver todo um trabalho de valorização dos nossos artistas, da música sobretudo, para que a gente possa, no dia da virada, fazer essa grande virada pro Brasil da forma possível, mas usando todas as plataformas de comunicação pra também servir como instrumento de promoção da cidade, além, é claro, de celebrar essa virada de Salvador", contou o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington.
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