Um eletricista da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) foi assassinado ao tentar cortar a energia elétrica de um cliente, em Limoeiro, no Agreste de Pernambuco. O crime ocorreu na terça-feira (29). Segundo a empresa, o funcionário foi identificado como José Reginaldo de Santana Júnior, de 31 anos.
O crime ocorreu na zona rural da cidade, durante um corte legal de energia. A ação foi determinada pela companhia por causa da falta de pagamento. De acordo com a PM, o assassinato ocorreu na Fazenda Haras Vovó Zito.
Havia dois eletricistas no momento do crime. Após o corte de energia, segundo a polícia, o proprietário da fazenda, que já tinha fechado a porteira com um cadeado, "demonstrou grande insatisfação e efetuou um disparo de arma de fogo contra um dos funcionários", que morreu no local.
O homem ainda obrigou o segundo funcionário, de 39 anos, a religar a energia, "ameaçando-o com a arma de fogo apontada em sua direção". Depois da religação, ele ainda ameaçou o segundo funcionário e o obrigou a entrar no porta-malas do carro da Celpe.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o crime foi registrado na Delegacia de Homicídios de Limoeiro e está sendo investigado pelo delegado Fabrício Pimentel.
SINERGIA: A direção do Sinergia vem por meio da presente Nota repudiar o ato covarde que resultou na morte do eletricitário pernambucano José Reginaldo de Santana Júnior, de 31 anos, trabalhador da Celpe. Nosso companheiro foi vítima de um crime cruel, praticado, segundo informações preliminares, por um Policial Militar, inconformado com um procedimento de suspensão do fornecimento de energia por inadimplência.
Atitudes como essa não podem passar impunes. Esperamos a instauração dos procedimentos legais que resultem na punição adequada para o crime cometido. A morte de Reginaldo revela da pior forma como os trabalhadores do setor elétrico, sobretudo os da linha de frente, estão expostos ao perigo. Sabemos que é preciso repensar os procedimentos que colocam estes trabalhadores em circunstâncias de risco constante de morte. Este é um esforço que deve ser feito pelas empresas, autoridades públicas e órgãos da sociedade civil. Não podemos conviver com esta situação e contabilizar vítimas como meros números.
À família, amigos e companheiros de trabalho, além do nosso sindicato coirmão Sindurb, deixamos aqui a nossa solidariedade, aliada a uma indignação imensurável. Nosso sentimento de revolta será o combustível para cobrarmos incansavelmente justiça para este crime covarde.
Direção do Sinergia
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