Em reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), realizada nesta manhã (28), quatro resoluções que tratavam de preservação ambiental foram derrubadas.
Duas delas, que valiam desde março de 2002 restringiam o desmatamento e a ocupação em áreas de preservação ambiental de vegetação nativa, como restingas e manguezais.
O Ministério Público Federal participou da reunião, mas não tinha poder de voto. A procuradora Fátima Borghi ressaltou que as mudanças na legislação foram feitas sem as audiências públicas necessárias e que o Conselho Nacional do Meio Ambiente não tinha competência jurídica para a derrubada das resoluções.
Uma das resoluções em questão é a que regulamenta a queima de lixo tóxico, definida em 1999 que proibiam a queima de lixo tóxico em fornos usados para a produção de cimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a queima de lixo tóxico seja feita em ambientes controlados, já que podem causar danos à saúde da população.
Sobre as regras para irrigação, na reunião desta segunda a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) argumentou que ela não é "um estabelecimento ou atividade, mas apenas uma tecnologia utilizada para o fornecimento de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo".
O Greenpeace informou, em nota, que as decisões do Conama nesta segunda são reflexo das mudanças no conselho promovidas pelo ministro Ricardo Salles que restringiram a participação da sociedade civil e elevaram o poder do governo.
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