O incêndio que tem consumido a vegetação nativa da cidade de Barra, no oeste da Bahia, chegou a outros povoados rurais da região, e famílias de uma comunidade quilombola tiveram que sair de casa para se proteger durante o combate ao fogo.
Nesta sexta-feira (25), as chamas completam 10 dias que começaram, e os bombeiros estimam que proporção da área atingida passa dos 1.500 hectares, que equivale aproximadamente 1.500 campos de futebol. O incêndio já é considerado o maior da história da cidade de Barra, pelas autoridades locais.
Dez famílias que vivem em uma comunidade quilombola da zona rural da cidade tiveram que deixar as casas, e só puderam voltar depois que o fogo foi contido no local. Seis povoados da zona rural já foram atingidos pelo incêndio.
São 18 bombeiros militares, quatro brigadistas voluntários e quatro aviões no combate ao fogo, que se revezam lançando mais de 160 mil litros de água por dia. O tempo seco, o calor e os ventos fortes dificultam o combate às chamas. Na quarta-feira (23), outras duas aeronaves foram enviadas para ajudar os bombeiros que atuam no incêndio.
Uma perícia feita no local onde o fogo começou, na comunidade de Porto Novo, a 60 km de Barra, mostrou que o incêndio pode ter começado a partir de uma queima para renovação de pastagens e perdeu o controle.
Os especialistas ambientais acreditam que mais de 90% dos incêndios em vegetação começam a partir da ação humana, principalmente pra limpeza de área por agricultores.
Há focos de incêndio em outros municípios baianos. Essa semana, no norte do estado, tiveram queimadas em Juazeiro e Pilão Arcado. O fogo também chegou ao parque nacional da Chapada Diamantina, mas foi contido por voluntários.
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