Em Juazeiro e Petrolina nenhuma das Coligações sinalizou para a imprensa e os eleitores sobre o planejamento de como pretende realizar o guia eleitoral. Em Juazeiro são candidatos: Breno Rainan (PSOL), Coronel Anselmo Bispo (DEM), Capitão Leonilton Moreira (Avante), Paulo Bomfim (PT), Raffani Stefani (Republicanos) e Suzana Ramos (PSDB).
Já em Petrolina Miguel Coelho (MDB), Odacy Amorim (PT), Julio Lossio Filho (PSD), Gabriel Menezes (PSL), Doutor Marcos (PSOL) também não deram os sinais da campanha no rádio e tv, redes sociais.
Não tão fundamental para a definição do voto quanto em eleições anteriores, o horário eleitoral gratuito ainda mantém a sua importância para o pleito municipal deste ano. Não por acaso, seguiu como um dos critérios importantes para a construção das coligações.
"No passado ele era praticamente a única fonte de informação aos eleitores. Com as redes sociais, há formas alternativas, mas os programas de rádio e de televisão continuam sendo uma variável importante no processo eleitoral. É preciso considerar que alguns segmentos socioeconômicos utilizam rádio e TV como forma prioritária de informação, por isso, na composição das chapas, isso é um dos principais pontos que foram levados em consideração", avalia a cientista política e professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda, Priscila Lapa.
Em entrevista ao Jornal Folha de Pernambuco o economista e estrategista eleitoral Maurício Romão ressalta que, em uma realidade de pandemia, na qual, em tese, as pessoas passam mais tempo em casa, o guia pode ter um alcance maior do que teria em uma situação normal.
"Lógico que é preciso reconhecer que o guia convencional, estático, vem perdendo paulatinamente a sua força, mas a televisão segue sendo importante na captura do voto e no convencimento e diálogo com o eleitor", avalia o estrategista, acrescentando que as redes sociais contam com um grande poder de impacto, mas "são mais segmentadas, e não de massa, como a televisão".
Para 2020, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco ainda não divulgou o tempo que cada candidatura terá no guia eleitoral, que será exibido por 10 minutos à tarde e 10 minutos à noite, de segunda a sábado.
Com muito ou pouco tempo no guia, os candidatos o utilizarão para cativar o eleito.
No Recife Marília Arraes (PT) optou por não adiantar nenhuma informação sobre o guia eleitoral. "O programa eleitoral é um instrumento estratégico de campanha. Por ser estratégico, não antecipamos", disse.
Entretanto a candidata à Prefeitura do Recife, adiantou que terá uma estrutura de comunicação de campanha com coordenações compartilhadas. A criação fica sob o comando de Edson Cavani Rosas, que em função da pandemia vai atuar num primeiro momento de forma remota, uma inovação que comprovadamente deu certo no mercado.
Edson vai compartilhar a comunicação de Marília com coordenadores de áreas que estarão no Recife. Na imprensa, Flávio Moraes, jornalista com experiência em campanhas em Pernambuco, Paraíba e Brasília. Rodrigo Lobo, também com larga experiência no jornalismo e em campanhas políticas, cuidará do audiovisual em dupla com o documentarista Eduardo Monteiro. O jornalista Jorge Cavalcanti, com passagens também por jornais e assessorias políticas, atuará nas redes sociais ao lado da jornalista Marcela Caetano.
A produção do programa eleitoral será de Fernanda Regis. A coordenação de mídia e produção de campanha em rádio e TV ficará com Clarissa Borges. Victor Fialho fará a coordenação estratégica, de conteúdo e articulação política.
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