Depois de recuar em mais da metade em uma década, a fome voltou a se alastrar pelo Brasil. Em cinco anos, aumentou em cerca de 3 milhões o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica, chegando a, pelo menos, cerca de 10,3 milhões o contingente nesta situação. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A insegurança alimentar cresceu entre 2013 e 2018, atingindo 4 em cada 10 domicílios e metade da população da Bahia, segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) , do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (17). O total de residências com insegurança alimentar cresceu 21,8% no estado neste período, o que significou mais 397 mil domicílios nessa condição.
O número cresceu pela primeira vez depois de quedas sucessivas entre 2004 e 2013, chegando a 45,3% do total de residências em 2017 e 2018.
Isso significa que em 2,221 milhões de residências do estado havia preocupação ou incerteza quanto à regularidade da alimentação na quantidade necessária (insegurança leve) até a efetiva redução e falta de comida (insegurança moderada), podendo chegar à fome (insegurança grave).
A maior insegurança alimentar na Bahia foi puxada por casos leves, mas faltou comida em 1 de cada 5 lares (18,8%); dentre esses, pode ter havido fome em 310 mil, aponta a pesquisa.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.