Segundo levantamento do site Metrópoles, do Distrito Federal, desde 2019, Bolsonaro já recebeu 38 listas tríplices – com os candidatos por ordem decrescente de votação – de universidades que tiveram eleições até o momento. Até Bolsonaro assumir o governo, o primeiro, com mais votos, era tradicionalmente o escolhido. No último ano de Michel Temer, por exemplo, as 11 nomeações divulgadas foram do candidato mais votado.
Entre estas que chegaram às mãos presidenciais, o martelo foi batido em 26. Dessas, nove não tiveram o nome vencedor respeitado, com a escolha ficando entre o segundo e o terceiro colocado. Em uma, o escolhido nem sequer fazia parte dos indicados pela comunidade acadêmica. As 12 restantes aguardam parecer do chefe do Executivo.
Porém, segundo a matéria, qualquer que seja a escolha do presidente, está dentro da lei. A nomeação para as reitorias federais deve passar por diferentes etapas, como a definição da lista tríplice de candidatos e a posterior aprovação pelo governo federal, mas não há obrigação de escolha do mais votado.
Em boa parte das instituições, é feita uma consulta pública informal com a comunidade acadêmica, uma espécie de eleição, em que professores, alunos e funcionários podem escolher — o voto é facultativo –quem querem no comando da universidade pelos próximos quatro anos. O objetivo final é a definição de três nomes, a famosa lista tríplice.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) convocou, para esta quinta-feira (17/9), um ato virtual que tem o intuito de pedir a revisão do orçamento do Ministério da Educação para o próximo ano e “reafirmar a importância de serem conduzidos ao cargo de reitor ou reitora aqueles docentes autonomamente indicados no primeiro lugar pelo colégio eleitoral de suas respectivas universidades, sendo garantido assim um elemento definidor da democracia, que é o respeito à vontade da maioria”, diz o texto.
No Brasil, existem oito instituições federais com reitores pró-tempore, designados pelo presidente quando estiverem vagos os cargos ou não houver condições de regularizar a nomeação, a UNIVASF é uma delas. Essa situação é comum em casos de impasses entre o fim do mandato de um reitor e a nomeação de outro.
Entenda a situação da UNIVASF
Após vitória no primeiro turno da chapa encabeçada pelos professores Télio Leite e Lúcia Marisy, a chapa perdedora composta pelos também professores Jorge Cavalcanti e Ferdinando Carvalho recorreu ao MEC e à justiça, alegando irregularidades no processo.
Decorrido o prazo de mandato do professor Julianeli, último reitor da instituição, o processo não havia sido concluído e o MEC nomeou como reitor pro-tempore, o prof. Paulo Cesar Fagundes, que é membro do Colegiado de Medicina do Campus Petrolina, e um apoiador da chapa perdedora. (Com informações do Metrópoles)
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