O preço do arroz subiu porque condição de vida dos pobres melhorou, na opinião do ministro da Economia, Paulo Guedes. Nesta terça-feira (15), durante uma videoconferência com a Telecomunicações do Brasil, ele disse houve uma “enxurrada de dinheiro” paga a famílias de baixa renda durante a pandemia, como o auxílio emergencial de R$ 600 e o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e que “está havendo um boom da construção na baixa renda e nos supermercados”.
“Os mais pobres estão comprando, estão indo no supermercado, estão comprando material de construção. Então, na verdade, isso é um sinal de que eles estão melhorando a condição de vida. O preço do arroz está subindo porque eles estão comprando mais – está todo mundo comprando mais”, disse o ministro. No ano, a inflação do arroz acumula alta de 19,2%. Hoje, um pacote de cinco quilos, normalmente vendido a cerca de R$ 15, agora chega a custar R$ 40.
A explicação para o aumento é simples: no mercado externo, a desvalorização do real frente ao dólar, fez com que as indústrias exportassem mais, porque isso é interessante para elas. A consequência foi um desabastecimento no mercado interno. É a famosa lei da oferta e procura: com estoques em baixa e demanda em alta, o preço do item tende a aumentar. Especialistas consideram que, com a pandemia, as pessoas estão priorizando ainda mais os alimentos mais práticos, como o arroz. Segundo Guedes, a alta é temporária e um problema transitório, e que uma “supersafra” de arroz deverá vir a partir de janeiro, o que deve reduzir os preços.
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