O personagem João Grilo será o próximo réu do "Júri Épico", o maior evento acadêmico jurídico do Vale do São Francisco. A segunda edição do júri acontecerá, no dia 31 de outubro, das 9hs às 18hs, em Petrolina, sertão pernambucano. Presente na obra de Ariano Suassuna e na literatura de cordel, a figura de João Grilo envolve dilemas éticos, tramas e o cometimento de crimes para a sobrevivência em situação de miserabilidade.
Gerar interdisciplinaridade entre o Direito, a Cultura e arte, estão entre os objetivos do encontro, além de promover a pedagogia jurídica através de metodologias ativas. O evento será presencial –espaço a definir-, mas terá o número de participantes reduzido, conforme o protocolo do governador do estado, em virtude da pandemia do Covid-19.
Para tender aos demais inscritos, o Júri será transmitido virtualmente por meio de um link que será disponibilizado. O advogado e idealizador do evento, Anderson Wagner Araújo, explica que "O formato de live permitirá que o Júri Épico se torne ainda mais abrangente, pois vai ser transmitido na íntegra e "ao vivo", sem a perda da beleza artística, com a mesma profundidade acadêmica e jurídica", declara Araújo.
A atuação jurídica será feita por grandes profissionais do Direito como Juízes, promotores e defensores. Já a interpretação do réu, João Grilo e dos outros personagens presentes na trama literária ficará por conta da Companhia "Teatro Popular de Arte". Juízes do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Promotores do Ministério Público e Defensores da OAB de Pernambuco, já confirmaram presença no evento.
O Júri Èpico 2020 é uma realização conjunta entre o Ministério Público de Pernambuco, a Ordem dos Advogados Brasil - Petrolina, o Centro Universitário UNIFTC e a Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina/PE (FACAPE).
As inscrições terão início amanhã (15), por meio de um link que será disponibilizado na rede social do evento (@jurihistórico.pnz), a partir do meio dia (12hs).
Projeto Júri Épico
O Projeto acontece anualmente e reúne grandes nomes do cenário jurídico nacional. Neste ano, o evento foi idealizado pelo professor e advogado Anderson Wagner Araújo, coordenado por ele e por Diogo Giesta, também professor e advogado. Trata-se da realização de um Tribunal do Júri, ou seja, é um evento de cunho processual, no qual há um conselho de sentença, que emite um veredicto acerca das acusações que pesarem sobre o réu.
Possui temática histórica, social ou literária. É um instrumento didático interdisciplinar, pelo qual a ciência do Direito ganha vivacidade e desperta na comunidade acadêmica e nos profissionais da área, o encanto pela argumentação e a capacidade de ampliação do conhecimento.
Baseado na importância atual das metodologias ativas, tem o objetivo de ilustrar por meio de um contexto histórico cultural o julgamento de um personagem do passado sob uma ótica acadêmica, mas também artística, filosófica e antropológica.
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