Caro Geraldo José, obrigado pelo espaço.
Prefiro não citar meu nome, por razões inteiramente próprias e nada relacionadas a política.
Recentemente fui atentido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) provisória de Juazeiro, instalada no Hospital Pró-Matre. Sofro com amigdalite causada por uma bactéria que tem criado resistência, e requer cada vez mais intervenções com antibióticos potentes para poder regredir. Só este mês foram três crises. Este ano, umas sete ou oito. Como mencionei, este problema requer a administração de antibióticos, que são medicamentos de uso restrito, vendidos apenas com a apresentação e retenção da receita. Durante os dias de semana disponho do posto de saúde do bairro para obter receitas. No fim de semana, é necessário recorrer à emergência.
Pois bem, escrevo para manifestar duas coisas: primeiro, meus mais sinceros agradecimentos ao atendimento prestado pela médica de plantão no dia, cujo nome não menciono apenas por não ter sua autorização. Fui atendido de maneira extemamente atenciosa, educada, e altamente profissional. Passei por uma consulta onde fui cuidadosamente questionado sobre meu quadro de saúde, minhas situações anteriores, e meu estado atual. Esta consulta foi uma das poucas que recebi e saí perfeitamente agradecido e com a sensação de ter passado por uma profissional de saúde de excelência, em minha experiência nas emergências tanto da rede pública quando particular, em vários estados. Atendimento semelhante foi dado pela enfermeira que realizou a triagem, e pelas funcionárias no balcão de recepção. O povo brasileiro e o povo juazeirense merecem nada menos que isto. Espera-se exatamente este tipo de postura do agente público cuja função e profissão é servir à população. Estes servidores estão de parabéns.
Segundo, gostaria de chamar também a atenção a problemas que percebi, e que a prefeitura, a quem também extendo meus elogios por oferecer um serviço de saúde de excelência em meio à pandemia, pode resolver. A equipe trabalha com o mínimo de infraestrutura. Durante o preenchimento da receita não havia papel carbono, e foi preciso escrever a receita à mão, duas vezes. Isto pode ter sido um problema pontual de falta momentânea do material, mas a prefeitura poderia e deveria garantir uma impressora, multifuncional inclusive, e deixá-la à disposição do consultório. Igual comentário faço em relação ao computador disponível no consultório: defasado, com um monitor minúsculo e em posição que, ao decorrer do dia, garanto que dói o pescoço, que em nada ajuda e em tudo atrasa o atendimento. Uma receita dupla que leva vários minutos para ser preenchida à mão pode ser dispensada em 1 minuto ou menos de forma digital. Estes minutos salvos, multiplicados por vários atendimentos diários, se revertem em horas de eficiência.
Há também outros problemas de infraestrutura, menos urgentes, que a prefeitura pode e deve atentar, mas deixo estas observações a serem feitas pelo próprio agente público, visto a proximidade da UPA provisória do centro político municipal.
Grato novamente pelo espaço!
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