Em coletiva de imprensa com o balanço dos seis meses da pandemia de Covid-19 no Estado, nesta sexta-feira (11), o secretário estadual de Saúde de Pernambuco, André Longo, ressaltou que as aglomerações vistas no feriadão da Independência estão sendo discutidas pelos comitês de enfrentamento à Covid-19.
Segundo o gestor, pela própria característica de atividade de lazer em espaço aberto do banho de praia, não é recomendada a tomada de medidas mais rígidas como o acionamento da Polícia Militar para conter banhistas. "Se chegarmos à necessidade de colocar a Polícia Militar na praia, é melhor fechar novamente. O lazer tem que ser feito com altruísmo, sem egoísmo. Vá com a máscara, procure outro espaço. Não vai haver cena de policial enfrentando banhista", disse Longo na coletiva.
“Entendemos que no feriado as pessoas extrapolaram, talvez porque era a abertura do verão ou porque há muito tempo não iam à praia. Temos que pedir às pessoas que respeitem as normas. Estamos observando os próximos fins de semana, feriados e o cenário epidemiológico. As primeiras atividades que cessarão se os casos aumentarem serão as atividades de lazer. Queremos abrir mais, mas vai depender da responsabilidade das pessoas", continuou o secretário.
Ao comentar o assunto, o secretário municipal de Saúde do Recife, Jaílson Correia, fez um apelo ao jovens. "A necessidade de interação social não pode representar uma falta de atenção ao vírus", disse.
"O fenômeno do feriado de 7 de setembro foi nacional, não restrito a Pernambuco. As pessoas devem ter entendido aquele momento como válvula de escape. Não se pode repetir a conduta indefinidamente", acrescentou Jaílson.
O secretário municipal alerta que, caso o Estado não tenha uma nova onda de maneira significativa, não significa que o comportamento de desrespeito às medidas sanitárias é livre de risco.
"Você não deixa de usar preservativo nas relações sexuais porque não pegou o HIV. Não podemos encarar como natural a conduta no feriado e chamar atenção que isso pode sim aumentar a transmissão. Fazemos um apelo à necessidade coletiva de proteção, é preciso que haja uma consciência social", completou.
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