O anúncio da suspensão dos testes clínicos da vacina contra covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, foi recebido no Palácio do Planalto como “um balde de água fria”, nas palavras de um auxiliar do presidente Jair Bolsonaro. A vacina, que está sendo desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, era considerada a principal aposta de Bolsonaro e do governo brasileiro para imunizar a população contra o novo coronavírus. A suspensão dos estudos deixou o presidente e integrantes da equipe bastante preocupados.
Agora, sem essa alternativa, o Palácio do Planalto aguarda a avaliação do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, para decidir o que fazer. Em nota divulgada na noite de terça-feira, 8, o Ministério da Saúde informou que foi notificado por e-mail pela AstraZeneca, mas disse estar mantido “o compromisso em garantir uma vacina segura e eficaz em quantidade para a população brasileira”.
A pasta também procurou adotar tom de cautela, sob o argumento de que a pausa no estudo clínico é um “procedimento padrão de avaliação de segurança”, na tentativa de investigar qualquer reações adversas. “A pausa no estudo significa que não haverá inclusão, neste momento, de novos participantes. Entretanto, aqueles já incluídos seguem em acompanhamento para avaliação da segurança e eficácia”, diz a nota do Ministério da Saúde.
No momento, as duas outras opções de vacina são a chinesa e a russa. A principal parceria brasileira, no entanto, era com a vacina desenvolvida por Oxford, com quem o governo federal tinha acertado um protocolo de intenções que prevê a disponibilização de 30 milhões de doses até o fim do ano. (Terra)
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