Professor chama à atenção para floração de ipês em Juazeiro

26 de Aug / 2020 às 11h00 | Variadas

Nesse período ocorre um dos eventos mais belos da natureza brasileira, a floração dos ipês, árvore símbolo. Essas árvores têm diferentes cores, roxo (variações do rosa), rosa, branco e o mais comum o amarelo.

Com a queda da umidade relativa do ar, copas amarelas, rosas, roxas e brancas tomam a paisagem e fazem refletir aqueles que encaram a seca apenas como tempo cinzento de queimadas e vegetação marrom. As cores vibrantes do gênero Tabebuia spp., composta pelas variedades da planta, irrompem de junho a setembro. 

Desde junho, a florada dos ipês-rosas transforma as paisagens no campo e nos centros urbanos. Até o final de agosto ainda há muito espetáculo para ver com a floração dos ipês-amarelos e brancos.

Silvio Marchini, pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), lembra que há 28 espécies de ipês e faz distinção entre as flores rosas e roxas. “Na verdade, não existe flor roxa de ipê, mas sim diferentes tons de rosa”, explica.

A árvore, reconhecida pela excelente qualidade da madeira, ocorre em todo o Brasil e em todos os biomas e se divide basicamente em dois tipos: a do Cerrado e a da mata. “No Cerrado, o ipê é mais baixo; atinge 10 metros de altura. Tem a casca grossa para se proteger do fogo”, diz Marchini. Na mata, observa o pesquisador, chega a 20 metros de altura.

Os ipês-rosas são os primeiros a florescer e enfeitam as paisagens a partir de junho. Entre julho e agosto, é a vez dos amarelos. Tanto um quanto outro oferecem cerca de cinco dias de florada para o observador. Em agosto, é preciso atenção redobrada para apreciar os brancos, que florescem por apenas dois dias. “Há ainda o verde, que é menos reconhecido pela população”, diz o pesquisador.

De todos os ipês, o amarelo carrega um título: o de árvore-símbolo do Brasil. Silvio Marchini reconhece o mérito: “O ipê-amarelo torna tudo mais bonito. Até quando olhamos para o chão".

Pelas redes sociais o professor da Uneb, doutor Josemar Pinzoh escreveu; 'Desde 2010 acompanho, num trabalho que chamo “Primavera Urbana”, o florescer dos ipês nas nossas cidades. Sei exatamente quando ela, a primavera dos ipês, se atrasa ou se antecipa. Sei exatamente a diferença entre o tempo do ipê rosa e do ipê amarelo, mais tardio. Já interditei podadores da prefeitura, de facão em punho em pleno mês de agosto. E sei que essas primeiras flores são apenas o início. A fartura rosa vem já já! Salve a cor no corpo da cidade! @ Juazeiro Bahia'

Redação redeGN Foto Rede Social Josemar Pinzoh

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