Depois de celebrarem a redução de novas contaminações de Covid-19, dois países começam a sentir os sinais de uma possível "segunda onda" de infecções pelo novo coronavírus. Itália e Coreia do Sul observam um aumento de novos casos como não se registrava há meses.
Na Itália, o Ministério da Saúde do país registrou 1.071 novas infecções no sábado. A marca ultrapassa 1.000 casos por dia pela primeira vez desde maio, quando o governo flexibilizou suas rígidas medidas de lockdown.
A Itália, um dos países mais atingidos da Europa, conseguiu conter o surto após um pico de mortes e casos entre março e abril. No entanto, o país tem visto um aumento constante de infecções no último mês, com especialistas culpando reuniões de pessoas associadas a feriados e à vida noturna.
A última vez que o país registrou um número mais alto foi em 12 de maio, com 1.402 casos, seis dias antes de restaurantes, bares e lojas serem autorizados a reabrir após um lockdown de 10 semanas.
Antigo epicentro da doença, a Itália soma um total de 259.345 casos e 35.437 mortes, conforme o painel da Universidade Johns Hopkins.
O país asiático registrou 397 novos casos de Covid-19 no sábado, o maior aumento em um único dia desde o início de março, anunciou o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (KCDC) da Coreia do Sul.
Todos, exceto 10 dos novos casos foram transmitidos localmente, com a maioria deles relatados na área metropolitana de Seul, de acordo com o diretor Jung Eun-kyeong do KCDC. Jung disse que até hoje, 841 casos foram associados a um conjunto de infecções relacionadas a um surto na igreja Sarang-jeil.
A Coreia do Sul liderou o mundo com seu modelo de resposta ao coronavírus, realizando um programa rigoroso de testes, rastreamento e quarentena que permite ao país prevenir o aumento do número de casos.
Mas, mais recentemente, o país tem lutado para lidar com pequenos surtos. Ela fechou a maioria dos locais de entretenimento e praias em todo o país após vários grupos de casos. Jung alertou que a Coreia do Sul ainda não viu o pico dessa nova onda de infecções, apesar de o país registrar 10 dias consecutivos de aumento de três dígitos nos casos confirmados.
A Coreia do Sul tem 17.399 casos confirmados e o número de mortos permanece em 309, relata a Universidade Johns Hopkins.
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