O Balé Folclórico da Bahia corre risco de encerrar atividades por causa das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus. Somado a isto, o balé sofre com dívidas e falta de patrocínio. Por isso, no mês que comemora 32 anos de fundação, a companhia lançou uma vaquinha virtual online para arrecadar recursos e pagar artistas e funcionários, que estão sem receber desde abril.
De acordo com o fundador e diretor geral do Balé Folclórico, Vavá Botelho, a companhia têm sido a única especializada em danças do folclore baiano atuando profissionalmente no país e com reconhecimento mundial. Já fez apresentações em mais de duzentas cidades e 24 países.
Fundada em 1988, Vavá conta que o grupo sempre buscou formas de possibilitar que os artistas sobrevivessem da arte.
“Nós começamos a companhia com o objetivo maior de possibilitar que os artistas do folclore pudessem sobreviver do seu próprio trabalho. No começo os artistas trabalhavam também em outras áreas e a noite viravam estrelas na dança. Mas eu acreditava que essas pessoas deveriam poder viver da sua própria arte”, explica.
No entanto, este legado está ameaçado. De acordo com o diretor, a pandemia de Covid-19 intensificou as dificuldades que o balé já sofria.
“Está sendo um caos. Nunca tivemos uma vida fácil, apesar do prestígio internacional. Nunca tivemos um patrocínio para manter a companhia. Com esta pandemia, todas as turnês foram canceladas, todos os planos foram pelo ralo”, lamenta Vavá.
Para colaborar com o Balé Folclórico da Bahia, doações de qualquer valor podem ser feitas através do site: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-ao-bale-folclorico-da-bahia.
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